Maria Rita Kehl psicanalista e escritora, mulher de extraordinária inteligência, sempre sensível às questões éticas, pertence à Comissão da Verdade. Publicamos aqui seu artigo aparecido na Folha de São Paulo como aparece abaixo. Seu voto é urdido de razões e argumentos e de um profundo sentido ético. Que ele possa iluminar aqueles que ainda buscam uma decisão fundada em boas razões. LBoff
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Voto em Dilma porque me envergonha a desigualdade social. Como pudemos viver em um país rico onde parte da população passava fome?
A presidenta Dilma Rousseff criou a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Em maio de 2012, a primeira presidenta do Brasil, ex-presa política torturada, conseguiu aprovar no Congresso a criação da CNV. Entre os países latino-americanos que sofreram ditaduras, fomos o último a criar uma comissão da verdade.
Antes tarde do que nunca. Ainda que os militares remanescentes do estado de exceção não cooperem com nossas investigações. Ainda que adeptos da linha-dura, hoje na reserva, recusem “colaborar com o inimigo” (todos nós) –e não revelem o paradeiro dos cerca de 150 desaparecidos políticos (sem contar indígenas e camponeses).
Ainda assim, o trabalho da CNV representa um avanço efetivo na consolidação da nossa democracia.
Avanço que exige, ainda, a erradicação da continuada prática de violência de agentes do Estado contra cidadãos detidos. A presidenta criou o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que começará a atuar para coibir os maus tratos a pessoas detidas em presídios, delegacias e hospitais psiquiátricos.
Nosso atraso em termos de direitos humanos, além de envergonhar o país, multiplica a insegurança na sociedade inteira. Já se comprovou que a violência da criminalidade no Brasil é diretamente proporcional à violência das PMs e de outros agentes de segurança contra os cidadãos.
Voto em Dilma Rousseff porque tenho vergonha de nossa desigualdade social. Nunca compreendi como se podia viver com tranquilidade em um país rico onde parte da população passava fome. Problema que, aliás, foi reconhecido como extinto em função dos programas sociais dos governos Lula e Dilma. Iniciados por FHC, sim, mas por que, então, eleitores do PSDB ainda desqualificam o programa Bolsa Família como “Bolsa Esmola”?
Não faltam notícias sobre municípios onde a entrada dessa renda mínima impulsionou a economia local nem sobre cidadãos que cancelaram sua inscrição para recebimento da bolsa tão logo conseguiram ganhar o suficiente para seu sustento.
Depois das gestões Lula e Dilma, a vulnerabilidade dos mais pobres diminuiu em função da expansão de seus direitos. Voto pela continuação do Bolsa Família, do programa Luz para Todos, do Minha Casa, Minha Vida, maior programa de habitação popular já criado no Brasil. Voto também por uma política econômica que, em tempos de crise do capitalismo internacional, preservou o valor dos salários e o pleno emprego.
Os governos de Lula e de Dilma impulsionaram o acesso dos jovens às universidades no país e no exterior. Proporcionaram atendimento médico gratuito em cidades afastadas dos grandes centros.
Suponho que a maioria da classe médica tenha se envergonhado das vaias contra os cubanos contratados com transparência pelo Ministério da Saúde. Afinal, os brasileiros sempre acharam chique a importação de tecnologia. Ninguém vaiou a participação da Alstom, hoje suspeita de corrupção, nas obras de ampliação do Metrô de São Paulo.
Por fim, voto em Dilma pela continuação do combate à corrupção em todos os níveis, inclusive os que atingem setores de seu governo. Desde o governo Lula, a Polícia Federal investiga com transparência crimes de colarinho branco, sem poupar autoridades, empresários e ministros. Melhor o risco de penas injustas, como no caso de alguns mensaleiros, do que a impunidade.
Do outro lado: onde foram parar as investigações de corrupção no Metrô paulista, no mensalão mineiro, as denúncias sobre o aeroporto em Cláudio (MG) e o helicóptero dos Perrella que transportava cocaína?
Por que os paulistas não foram informados, até a reeleição do governador Alckmin, da calamidade pública na gestão da água que, desde 2012, era mantida em segredo entre governo e acionistas da Sabesp?
Sei que a erradicação da corrupção depende da independência dos meios de comunicação. Voto na candidata que não tem a grande mídia a seu favor.
MARIA RITA KEHL, 62, psicanalista, é integrante da Comissão Nacional da Verdade. É autora de “O Tempo e o Cão – A Atualidade das Depressões” (Boitempo) e de “Ressentimento” (Casa do Psicólogo)
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. [email protected] – www.folha.com/tendencias
Vocês estão fazendo um papelzinho rídiculo, defendendo essa marginal, com essa mentalidade de personagem de novela do Manoel Carlos. Estão pateticamente apoiando a cultura do “Rouba mas faz”…e se dizem intelectuais…simplesmente lamentável.
Obrigado por mostrar o quão desqualificada, incompetente e fraca de argumentos é a direita raivosa, burra e fascista que vc tão bem representa. Seu exemplo é pedagógico e deve sempre servir de referência aos que ainda se iludem com este discursinho boquirroto de falsa indignação recheado de inveja e ressentimento pela perda da boquinha que premia os burros e bem apadrinhados e que durante séculos foi a marca registrada da mentalidade retrógrada, latino-colonialista nestas paragens. Por mim, Dilma ganhando ou perdendo, as pessoas de bem e que realmente querem o bem da nação, seriam convocadas para uma cruzada de caça e delação dos fascistas que querem enterrar o país. Vcs são uma praga que deve ser aniquilada, extirpada e defenestrada definitivamente para que o país possa se tornar uma nação de verdade.
Mais uma bela contribuição para nossas reflexões.
No entanto, caro frei Leonardo, sinto-me à vontade para compartilhar um pouco da minha desilusão e do medo (sempre tive muito medo de gente louca) face à escalada fascista de nossa sociedade.
Sabemos bem que se Dilma ganhar seu segundo mandato será bem mais apertado do que o primeiro devido à reconfiguração do congresso Nacional, muito mais inchado de bandidos de toda estirpe, de genocidas de campesinos a estelionatários religiosos passando por ex-militares declaradamente fascistas, homofóbicos e todos, absolutamente todos ligados a lobbies que nada fazem para o bem-estar do povo a não ser em prol de seus próprios interesses financeiros.
Se Aécio ganhar, o que mui provavelmente acontecerá, a eleição de um sujeito com a vida pregressa e o telhado de vidro que tem, aliados à personalidade psicótico-narcisista exacerbada que fazem Collor de Melo parecer um anjo de candura, teremos problemas sérios com a governabilidade do país pois todos os que acompanham a política nacional sabem que não é ele quem governa. Até isso ele terceiriza enquanto aproveita as praias do Rio. O resultado disto, provavelmente, será uma crise institucional que desaguará num impeachment depois de mais uma torrente escandalosa de denúncias, traições, tratos não cumpridos, etc. E o país pagará um preço altíssimo por isto pois serão quatro anos jogados fora e no estágio em que nos encontramos não podemos nos dar ao luxo de ficar em stand by por todo este tempo – na melhor das hipóteses – porque, acredito eu, os avanços econômicos serão aniquilados e voltaremos à condição de pedintes endividados devendo até a alma para o FMI.
Mas a minha desilusão não se deve ao resultado de A ou B ganhar a eleição. Afinal, alguém ganhará e assumirá o governo. Minha total desilusão é com o povo. Após tentar compreender um pouco os resultados das eleições legislativas onde tantos fascistas e charlatães foram eleitos e toda esta torrente de ódio que explodiu como uma ferida que purga sangue podre, fico a pensar seriamente que tipo de gente são meus vizinhos, os habitantes do meu bairro, da minha cidade. Vê-se o ódio estampado nas faces que esboçam sorrisos tão sarcásticos quanto os de Aécio Neves quando falam da “bênção” que ele representa por poder tirar o PT do poder e da ojeriza que a idéia de pobreza rejeitada no fundo da psyché que este partido evoca em tantas pessoas, justamente as mesmas que foram beneficiadas pelas políticas públicas para financiarem suas casas, seus negócios e até seus estudos.
Dia desses falava com um destes cidadãos onde ele papagaiava o mesmo discurso boquirroto de Veja, Folha, Globo, etc e lhe perguntei por que ele era tão contra o PT e contra Dilma. A resposta foi lacônica: “mulher não sabe mandar nem gerenciar e no PT só tem ladrão”. Tentei até argumentar sobre a visão machista que o tal indivíduo tinha em relação às mulheres no poder e ele foi taxativo: “Não sabem mandar e pronto”. Mas a mulher dele tem uma microempresa na qual ela manda e desmanda mas ele sustenta sua tese dizendo que quem sustenta a casa é ele e ponto final. Falamos da corrupção do PT e do fato de que os supostos malfeitores estão presos. Não é o suficiente. Ele quer a masmorra para os réus. Eu perguntei: “E os ladrões do metrô de SP, do mensalão tucano em Minas, o Demóstenes Torres, etc, etc?” A resposta foi acachapante: “eles merecem estar soltos porque souberam roubar e nem prá isto o PT presta”. A estas alturas já tinha uma galera participando da conversa e, claro, eu era o único que destoava do coro dos furiosos. Então, para encerrar a conversa e tentar um último lampejo de luz naquela consciência eu perguntei se a vida dele e de sua família não tinham melhorado e ele disse que sim que “graças a seus esforços e seu trabalho a vida melhorou, e muito”. Eu perguntei se ele tinha tomado empréstimos do governo ou financiado algum bem e ele respondeu que fez empréstimos para começar sua empresa, financiou uma casa para um dos filhos e dois automóveis e a filha estudava numa faculdade particular com financiamento também. Uma última pergunta: “Vc não vê em nada disto o resultado da mudança política e econômica do PT?”. E ele: “Não. Foi tudo pelo meu esforço e graças a Deus, glória, blablablá”. Àquelas alturas já não me importava mais em ser muito correto em termos políticos e fui incisivo: “Vc se classificaria como negro ou mulato?” (ele é bem moreno como o jogador Émerson Sheik) e a resposta foi de jogar a toalha: “nem um nem outro. Não sou branco como vc (eu chego a ser transparente de tão branco) mas me considero branco e diante de Deus somos todos brancos lavados do pecado”, blablablá e mais blá. Paguei o que tinha comprado e saí do seu estabelecimento seriamente desconfiado de não ter entendido direito o que aconteceu mas depois a ficha caiu e a realidade, muito triste e muito feia, se mostrou sem máscaras: as pessoas neste país tem vergonha até de ser quem são. Elas assumem uma identidade idealizada pelos mecanismos de dominação psicossocial e se ajustam de tal maneira aos padrões porque são aterrorizadas em sua ignorância por parecerem dissidentes do modelo imposto. A negação da cor veio da seita neopentecostal que o cara freqüenta junto com todo o cabedal de falso moralismo e teologia de fundo de quintal. A negação das origens vem da vontade de querer ser parecido com o modelo a quem sempre teve que servir e do qual agora faz parte numa posição diferente. A negação da sua pobreza vem de um complexo de inferioridade tão fortemente enraizado que duvido que mesmo alguns anos de boa análise sejam eficazes para extirpar este mal de sua alma. A negação de sua ignorância e a imposição de uma falsa arrogância vem do sentido de manada, de seguir um suposto líder, ao pior estilo do que vimos em Collor em 89, e de querer parecer “antenado e descolado” em assuntos da contemporaneidade seguindo como reses para o abate tudo o que a mídia diz. Mas a pior das negações, a da verdade, esta tem a ver com caráter – ou falta dele – com preguiça de pensar e, principalmente, com inveja de quem fez ou faz algo. E isto é doido. É doentio. Isto é fascismo. É assim que o fascismo nasce e se desenvolve destruindo as mentes pela negação e depois as pessoas pelas diferenças.
Alguns analistas tem visto o Brasil nos rumos do nazismo. Discordo. Nazismo é um movimento de supremacia de uma nação, de ultravalorização de seu status em relação aos outros estados, de super valorização de seus atributos étnicos, culturais e geográficos em detrimento dos outros povos. O lema do nazismo é: “nós somos os melhores e não há ninguém melhor do que nós”. Isto foi a Alemanha de Hitler. Isto é Israel nos dias atuais sob o comando de Netanyahu e do Likud. Nós somos fascistas porque o fascismo começa pela destruição interna dos indivíduos para que um grupo se imponha pela força e não pelas idéias. O fascismo é tipicamente latino porque o latino sempre olha para o vizinho e se sente uma m…, um incompetente, um segunda classe e como sua auto-estima é sempre muito baixa ele parte para a desconstrução do objeto que ele admira. Nós estamos nos tornando um país de fascistas porque sempre nos depreciamos e queremos seguir um exemplo alienígena de perfeição. E se o alienígena gosta da brincadeira e resolve entrar no jogo fornecendo as armas para que os que o admiram tanto se destruam mutuamente e com isto o tornem ainda mais formoso aos seus olhos doentes, então, temos uma situação caótica vindo ao nosso encontro num futuro não muito distante.
Em 1989 o povo elegeu Collor por ser o caçador de marajás, o engomadinho, o cara bem sucedido, o bacana e o Lula perdeu porque era trabalhador e, pior: metalúrgico. Tudo bem. Já se nota o quão oportunista o povo é em sua lógica sempre querendo se espelhar naquele que não tem nada a ver com a sua vida mas ainda pensávamos que isto era normal porque o Brasileiro tinha desaprendido a votar e que o exercício da eleição nos ensinaria o caminho das pedras. Triste engano. Cá estamos nós em pleno séc. XXI, 25 anos após o ocorrido, repetindo o mesmo erro e de uma forma muito mais brutal, agressiva. Será que realmente evoluímos como povo, como sociedade?
No início de meu longo comentário falei que tenho medo de gente louca. Pois é, nada mais louco do que a situação que presenciei e que na verdade se multiplica aos milhares todos os dias por este país afora atestando o quão doente está nossa sociedade. Embora tenha nascido mais de vinte anos após o fim da segunda guerra mundial e de ter crescido numa das melhores capitais do país, sempre observei como as pessoas aproveitavam uma deixa para largar uma piadinha sobre nazistas e alemães perto de mim ou de quaisquer outros descendentes de alemães que estivessem por perto para nos deixar pouco à vontade. Creio que o senhor, caro frei, também tenha passado por estas situações onde as pessoas externavam seu ódio aos alemães sem parar para pensar que somos descendentes e acima de tudo Brasileiros e não éramos sequer nascidos quando a guerra ocorreu. Hoje sinto a mesma coisa em relação a quem defende uma ideologia socialista: somos demonizados, desqualificados e só não vão adiante em suas baixarias por medo da lei. Ser socialista nos dias de hoje não é ser bolchevista ou comunista. É defender direitos de minorias, igualdade social entre os sexos, fim dos crimes contra as crianças, velhos e desamparados. É lutar por condições dignas de trabalho, moradia, estudo e lazer e condições sustentáveis de produção de bens de consumo e não querer que o capitalismo financeiro transforme cidadãos em números, estados em empresas e que o planeta seja exaurido em suas fontes de riqueza e alimento. Quando esta luta não é entendida e, principalmente negada por aqueles que dela mais se beneficiam então temos alguma coisa de muito, muito errado aí.
Fernando, o artigo apresentado pelo irmão Boff, quem eu muito admiro e acompanho, é muito bom, de grande conteúdo a forçar nossa reflexão sobre a política brasileira, mas o seu comentário é excelente, confesso, é emocionante, suas palavras doem feito navalha na pele porque revelam a verdade triste e amedronta quando vislumbram tempos negros porvir. Parabéns, vamos torcer pela guinada que favoreça a vida em abundância. Fraterno abraço!
Caro amigo Pedro,
Obrigado pelas palavras embora ache que vc tenha sido excessivamente bondoso para com o meu comentário. De uma coisa pode ter certeza: ele expressa o que me vem do fundo da alma e fala da ansiedade frente à minha visão da sociedade atual. Penso que temos de deixar de lado, definitivamente, o mito do Brasileiro bonzinho, cordial e gente boa que sempre serviu de desculpa para que não nos olhássemos no espelho e enxergássemos as mazelas que trazemos em nosso seio social. São mazelas culturais, aprendidas e retransmitidas de geração a geração e que só beneficiam a uma determinada classe de gente sem escrúpulos que sempre teve na ponta da língua as desculpas para seu maucaratismo e seus crimes: negros eram bons como escravos mas não prestavam para ser livres porque não sabiam se auto-determinar; mulheres são estupradas e molestadas porque provocam os homens de maneira sensual e os machos nada mais fazem do que responder à provocação agindo conforme a natureza que Deus lhes deu; existem pobres e ricos porque até na Bíblia eles existem e se os pobres não gostam de sua condição então que deixem de ser preguiçosos e trabalhem mais, etc, etc, etc. É esta ideologia que está encravada no fundo da alma das pessoas e ela é absorvida pelo cidadão que dá um upgrade na sua condição de vida para se parecer com a classe dominante e é só com muita leitura e educação que se consegue sair desta escuridão existencial onde geralmente sempre aparece algum espertalhão mostrando uma lâmpada de 2Volts sob a forma de seita ou qualquer outra atividade alienante para iludi-las e dizer que esta é a grande saída, a grande chama que as conduzirá à salvação.
Se não enfrentarmos nossas mazelas como povo e começarmos a pensar seriamente numa maneira de combatê-las seremos uma espécie de Dr. Jekill e Mr. Hyde: o povo bacana, gentil, hospitaleiro mas que esconde um lado truculento, hipócrita, racista e excludente. Campanhas como a o racismo são bonitas mas não surtem grande efeito. É preciso castigar. Prender, denunciar, punir e mostrar à sociedade o que acontece com quem comete tamanha infâmia. O mesmo deveria acontecer com os crimes de homofobia, contra crianças, mulheres e idosos, enfim, contra os mais fracos e que estão em minoria e, por conseguinte, em desvantagem para se defender.
Por fim, educar as pessoas para a cidadania plena para que parem de olhar para a Europa ou os EUA e acharem que as coisas só funcionam por lá porque o tom da pele daquelas pessoas é mais claro do que o nosso. Isto é bobagem. Para quem estudou História, sabe muito bem que a Europa abrigou povos mais bárbaros do que os que hoje se matam em guerras no oriente e na África e que seu processo civilizatório foi lento, sangrento e doloroso. Acho que não precisamos repetir o seu mesmo roteiro. Se usarmos de bom senso poderemos abreviar em séculos nossa evolução político-econômico-social através da educação e fazermos deste nosso querido Brasil uma Nação de verdade onde todos possam se orgulhar de sua cidadania sem querer extratificá-la em níveis ou classes.
Quero e compartilhar
Fique à vontade, Edineia.
Temos os mesmos motivos que Maria Rita Kehl explanou muito bem, e por isso votei Dilma. Não poderia porém, deixar de registrar que estou encantada com essa tua aula Fernando! Muito obrigada mesmooooo! parabéns, um forte abraço. (Obs. tens Facebook? Seria interessante você disponibilizar para o público para que possamos ser contemplados com mais comentários inteligentes como esse teu, valeu!)
Cara Lucia Irene,
Obrigado pelas palavras lisonjeiras mas quem dá verdadeiras aulas aqui é o nosso estimado mestre, Frei Leonardo, a quem muito me prezaria ver dando sua contribuição para o governo da presidenta reeleita Dilma na área de Direitos Humanos. Esta é uma área que se emporcalhou até não mais poder depois que aquele lixo fascisto-fundamentalista se adonou da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Um feito lamentável, para nossa vergonha como cidadãos e para a vergonha do Brasil no cenário internacional por reunir um bando de bestas-feras que babam sangue e pregam o ódio. Frei Leonardo seria um excelente conselheiro para a presidenta nesta área que foi bastante negligenciada em seu primeiro mandato devido aos des(arranjos) políticos entre os partidos. Quanto a mim, gosto de comentar. Só. Fico feliz que minhas idéias encontrem eco por este mundo afora e que sirvam de combustível para alimentar discussões saudáveis sobre nossa realidade. Reservo este papel a meus comentários sem maiores pretensões. Quanto ao Facebook… não, não tenho nem pretendo ter. O Facebook me causa uma profunda antipatia e por estar ligado a tantos episódios de espionagem e policiamento ideológico na rede eu me nego a lhe dar ibope. Quem sabe, se um dia inventarem alguma rede social mais livre – a exemplo do que era o falecido Orkut, onde escolhíamos o conteúdo que queríamos compartilhar e não éramos entupidos por lixo invasivo redirecionado sem consulta prévia – quem sabe, então, eu venha a participar dela. Mas, sinta-se à vontade para copiar meus comentários e repostá-los. Só não esqueça de indicar as fontes e os créditos, ok?
Um grande e fraterno abraço!
Republicou isso em coração filosofante.
Não tenho nada com as eleições brasileiras, porque sou portuguesa. Contudo, a opinião de Leonardo Boff para mim é suficiente para perceber que há um grande equívoco nas pessoas que querem voltar aos tempos da grande miséria social que existia no Brasil, mesmo que o façam por querer apenas mudança – que provavelmente não existirá para melhor. Somos de curta memória e muitas vezes pouco reflexivos.
#Dilma13
Caríssimo Doutor, Leonardo Boff!
Sou seu grande admirador, por vê-lo como incansável batalhador pelo bem da humanidade. Considero-o como o maior e melhor formador de opinião do Brasil e até das Américas. Sou leitor assíduo dos seus admiráveis artigos semanais no jornal de Belo Horizonte, “O Tempo”.
Incomoda-me seu silêncio a respeito do “Foro de São Paulo”, organização política com o fim de implantar o Bolivarianismo na América Latina. Lula chefia esse movimento no Brasil.
Co a perpetuidade do PT no governo brasileiro, o que pode acontecer, se Dilma ganhar a próxima eleição,o projeto de Lula vai ser, facilmente, alcançado, com a implantação do Bolivarianismo.
Isso não é algo a temer? Seu silêncio a esse respeito não significa aprovação desse projeto?
Gostaria de ver um artigo seu sobre esse assunto, no jornal “O Tempo” e no seu Blog. Acho que o assunto merece sua preciosa avaliação, com a necessária divulgação publicitária.
Ficarei muito agradecido pela sua atenção a essa minha sugestão.
José Duque
Estou muito preocupado com essa eleição. Sabemos que boa parte das pessoas das periferias, não sabem que são manipuladas pelas tvs, jornais e revistas da burguesia, mas acho que encontrei uma maneira de abrir os olhos dessas pessoas, na segunda estrofe dessa poesia.
Dilma Presidente
Respeito os que pensam diferente
Mas meu voto é bem consciente
Dilma 13 para presidente
Os interesses das pessoas da periferia
São bem diferentes dos interesses da burguesia
E as redes de TVs pertencem a burguesia
Dilma que implantar a democratização da mídia
Dizem que isso é censura, mas é uma grande mentira
Essa lei já existe em várias democracias
Por esse e outros motivos, como o bolsa família
Que beneficia pessoas do sertão e das periferias
Algumas TVs, jornais e revistas odeiam a Dilma
Durante anos essa imprensa afirmou que o tal mensalão
No Brasil, era o maior escândalo de corrupção
Outra mentira, esse caso está na décima colocação
No caso do metrô, o PSDB de São Paulo foi acusado de receber propinas
O arquivo do metrô, em Itu, SP, foi incendiado e virou cinzas
Mas nos jornais das TVs da burguesia, eu não vi essa notícia
Apesar disso, Dilma não governa contra o grande capital
Ela só está cumprindo um objetivo constitucional
Que é diminuir a desigualdade regional e social.
Não foi o PT que dividiu o Brasil entre pobres e ricos
O Aécio Neves mentiu quando afirmou isso
Essa divisão é feita pelo capitalismo
Não se deixe manipular pela imprensa da burguesia
Duvide, questione, procure na internet e confira
O governo do povo é a verdadeira Democracia.
Ou seja, se os interesses são diferentes, e as redes de tvs pertencem a burguesia, é óbvio que eles defendem os interesses e candidatos deles.
SÓ CONFIO EM DILMA PARA PRESIDENTA!
Meu Deus!!!! como tanta gente instruida, escolarizada e inteligente não consegue enxergar isso…. é tão simples. Obrigada Maria Rita.
Republicou isso em Paulosisinno's Bloge comentado:
Compartilhando o link e o comentário do Leonardo Boff: Maria Rita Kehl psicanalista e escritora, mulher de extraordinária inteligência, sempre sensível às questões éticas, pertence à Comissão da Verdade. Publicamos aqui seu artigo aparecido na Folha de São Paulo como aparece abaixo. Seu voto é urdido de razões e argumentos e de um profundo sentido ético. Que ele possa iluminar aqueles que ainda buscam uma decisão fundada em boas razões. L. Boff
Pelas mesmas razões e por outras ainda, eu também voto em Dilma.
Tive simpatia e esperança em Dilma. Fiquei muito decepcionada com seu veto a causa dos demitidos COLLOR , uma vez que, eu sou uma demitida por ele. Penso que , se houve impeachment , suas decisões deveriam ser revistas. Assim como eu, que fui concursada e trabalhei dez anos em uma empresa pública, onde fiz outros concursos internos e fiz carreira , e, do nada, um babaca como o citado, simplesmente coloca na rua pais de família que dedicaram sua juventude e fizeram projeto de vida ao se dedicarem a mesma empresa. A princípio, a estabilidade era garantida, por isso a dedicação. Não consigo aceitar a situação. Por duas vezes um projeto de lei foi aprovado porém, Dilma vetou. Meus sonhos e projetos não se concretizaram . Meu sacrifício foi em vão . Nunca pensei em bolsa família. Fui órfa aos 15 anos , me casei com 28 quando consegui minha função de assistente administrativo, com muito esforço, dedicação e luta. Por fim grávida e feliz , recebi a notícia da demissão … É difícil recomeçar aos 30 anos com uma recém nascida ao colo e frustada, decepcionada, insegura . Hoje tenho 54 anos, estou desempregada, com problemas financeiros, casada, duas filhas que estudam . E aí , o que fazer ? Preciso de dois anos para completar 30 de contribuição e me aposentar. Como ? salário mínimo ?
Anistia , reintegração aos demitidos Collor, justiça ! Esta é uma causa a ser revista !