Na cultura atual a palavra “espírito” é desmoralizada em duas frentes: na cultura letrada e na cultura popular.
Na cultura letrada dominante, “espírito” é o que se opõe à matéria. Materia sabemos mais ou menos o que é, pois pode ser medida, pesada, manipulada e transformada, enquanto “espírito” cai no campo do intangível, indefinido, e até nebuloso. A matéria é a palavra-fonte de valores axiais da experiência humana dos útimos séculos. A ciência moderna se construiu sobre a investigação e a dominação da matéria. Penetrou até as suas últimas dimensões, às partículas elementares, até o campo Higgs no qual se teria dado a primeira condensação da energia originária em matéria: os tão buscados bósons e hádrions e a chamda “partícula de Deus”. Einstein comprovou que matéria e energia são equipolentes. Matéria não existe. É energia altamente condensada e um campo riquíssimo de interações.
Os valores espirituais, na acepção moderna convencional, situam-se na super-estrutura e não cabem nos esquemas científicos. Seu lugar é o mundo da subjetividade, entregues ao arbítrio de cada um ou a grupos religiosos. Exprimindo-o de uma maneira um tanto grotesca, mas nem tanto, podemos dizer com José Comblin, grande especialista no tema:“quando se fala em ‘valores espirituais’, todo mundo imagina que está falando um burguês numa reunião do Rotary ou dos Lions Club depois de uma abundante ceia regada a bons vinhos e servida com comidas finas; para o povo em geral ‘valores espirituais’ equivale a ‘palavras belas mas ocas”. Ou então pertence ao repertório do discurso eclesiástico moralizante, espiritualizante e em relação hostil com o mundo moderno.
Em razão disso, a expresão “valores espirituais” surge com mais frequência na boca de padres e de bispos de viés conservador. Deles se ouve amiúde que a crise do mundo contemporâneo reside fundamentalmente no abandono do mundo espiritual: a não frequência da missa ou de qualquer referência explícita à Igreja hierárquica.
Mas com os escândalos havidos nos últimos tempos com os padres pedófilos e com os escândalos financeiros ligados ao Banco do Vaticano, o discurso oficial dos “valores espirituais” se desmorlizou. Não perdeu valor, mas a instância oficial que os anuncia conta com muito pouca audiência.
Na cultura popular, a palavra “espírito” possui grande vigência. Ela traduz certa concepção mágica do mundo à revelia da racionalidade aprendida na escola. Para grande parte do povo, especialmente os influenciados pela cultura afrobrasileira e indígena, o mundo é habitado por bons e maus espíritos que afetam as distintas situações da vida como a saúde e as doenças, a vida afetiva. os sucessos e os fracassos, a boa ou a má sorte. O espiritismo, codificou esta visão de mundo pela vida da reencarnação. Possui mais adeptos do que se suspeita.
No entanto, os últimos decênios nos demos conta de que o excesso de racionalidade em todas as esferas e o consumismo exacerbado geraram saturação existencial e também muita decepção. A felicidade não se encontra na materialidade das coisas mas em dimensões ligadas ao coração, ao afeto, às relações de amor, de solidariedade e de compaixão.
Por toda as partes, buscam-se experiências espirituais novas, quer dizer, sentidos de vida que vão além dos interesses imediatos e da luta cotidiana pela vida. Eles abrem uma perspectiva de iluminação e de esperança no meio do mercado de idéias e de propostas convencionais, veiculadas pelos meios de comunicação e também pelas assim chamadas “instituições do sentido” que são as religiões, as igrejas e as filosofias de vida. Elas ganharam força através dos programas de TV e dos grande shows religiosos que obedecem à lógica da espetacularização massiva e que, por isso mesmo, se afastam do caráter reverente e sagrado de toda religiosidade. Numa sociedade de mercado, a religião e a espiritualidade se transformaram também em mercadorias à disposição do consumo geral. E rendem muito dinheiro.
Não obstante a referida mercantilização do religioso, o mundo espiritual começou a ganhar fascínio embora, na maioria das vezes, na forma de exoterismo e de literatura de auto-ajuda. Mesmo assim ele abriu uma brecha na profanidade do mundo e no caráter cinzento da sociedade de massa. Nos meios cristãos emergiram as Igrejas pentecostais, os movimentos carismáticos e a centralidade da figura do Espírito Santo.
Estes fenômenos supõem um resgate da categoria “espírito” num sentido positivo e até anti-sistêmico. O “espírito” constitui uma referência consistente e não mais colocada sob suspeita pela crítica da modernidade que somente aceitava o que passava pelo crivo da razão. Ocorre que a razão não é tudo nem explica tudo. Há o irracional e aracional. No ser humano há o universo da paixão, do afeto e do sentimento que se expressa pela inteligência cordial e emocional. O espírito não se recusa à razão, antes, precisa dela. Mas vai além, englobando-a num patamar mais alto que tem a ver com a inteligência, a contemplação e o sentido superior da vida e da história. Em termos da nova cosmologia ele seria tão ancentral quanto o universo, este tambem portador de espírito. A era do espírito?
A sair pela Vozes, do autor: Fogo do céu: o Espirito Santo no universo, na humanidade, nas Igrejas e religiões 2013.
Somente desejo expor que o “ESPIRITO SANTO” foi uma criação da igreja católica apostólica romana, pelo imperador Constantino no ano 325 no conselho de Niceia.
José, O Espírito Santo foi criação da igreja católica? Em 325 os livros do Antigo Testamento e do Novo já estavam escritos e são eles que falam do Espírito Santo ou estou errado?
Matéria e Espírito – Visão Espírita (Kardec)
A matéria é apresentada como o instrumento do Espírito, sobre o qual exerce a sua ação. Mas esse conceito se estende não apenas à matéria do plano físico como também no estado etéreo, sutil, imperceptível para o homem comum. É lícito deduzir, então, que o Espírito é imaterial na essência, utilizando-se de instrumentos materiais desde a matéria física até substâncias etéreas e sutis não perceptíveis ao homem, mas ainda assim matéria.
22. Define-se geralmente a matéria como sendo – o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.”
a) – Que definição podeis dar da matéria?
“A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.”
Em contraposição, o Espírito é apresentado como o princípio inteligente do Universo, o que evidencia estar sendo referida a essência do Espírito.
23. Que é o Espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”
a) – Qual a natureza íntima do Espírito?
“Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”
Existem, assim, três elementos gerais do universo: Deus, Espírito e matéria. Em O Livro dos Espíritos esses três elementos são designados a trindade universal. Fica esclarecido, também, que a ação do Espírito sobre a matéria depende de um elemento também material, porém sutil, etéreo, que lhes serve de liame: o fluido universal (também designado como fluido elementar ou fluido primitivo) Esse fluido universal é o agente de que o Espírito diretamente se utiliza. Importante destacar que o fluido universal é indicado como necessário para que a matéria física não se desagregue, ou seja, é um elemento intrínseco à matéria física organizada conquanto seja sutil, etéreo.
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”
O fluido universal é o elemento primordial de toda a matéria, não sendo senão por modificações suas que os vários outros tipos de substâncias se formam. Kardec comenta que os elementos químicos conhecidos são modificações de uma substância primitiva.
33. A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades?
“Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!”
O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.
Hoje pela manhã, escrevi duas pequenas estrofes de um possível poema. Justo ao pensar e sentir a questão das conexões entre alguns conceitos que racionalizamos procurando analisa-los. Esta mania de analisar tudo é que prejudica o entendimento. Descartes nos conduziu a fragmentar para compreender. Qual a diferença entre compreensão e entendimento? Parece que entender é mais amplo, é do espírito, enquanto compreender é da razão. Será isso mesmo? Este texto, prof. Leonardo me inspira muito. Se entende pela Arte, se compreende pela Ciência e se sente pela Vida? Ou tudo sendo energia, o que temos são manifestações diferentes desta mesma energia? Assim como a água tem estados visíveis e invisíveis, mais sutil é o espírito e mais denso é o físico. Tanto a razão, quanto a emoção, o sentimento, a intuição, o sonho estão presentes na Arte, na Ciência e na Vida. Onda e partícula que se alteram pela interação com o observador. Acho que a energia mais sutil é Deus e nós somos os observadores mundanos e aleatórios.Que venha a era do espírito junto com todas as outras manifestações de energia.
O início do possível poema colocarei no meu blog
Com relaçao ao tema ” ESPIRITO “….lamentávelmente as igrejas atualmente praticamente se acham donas do Espirito Santo….parece até que patentearam para uso exclusivo e salvífico !
Uau! Que texto maravilhoso e inspirador. Foi falado de coisas tão complexas de forma simples e inteligível.
A modernidade criou a dualidade: corpo x espírito fazendo a separação entre o dois. Estes dois conceitos estão novamente se chocando e acredito que estamos a caminho de uma nova síntese.
Vejo a questão do espírito não como irracional ou aracional, mas sim como Supraracional!
Obrigado por enlevar o corpo (matéria) e a alma (espírito) com o compartilhamento deste texto!
Abraços!
Não quero com meu ponto de vista a seguir abrir nenhuma discussão de caráter religioso, mas apenas expressar minha visão no que tange ao espiritismo.
Entendo que a doutrina espírita não é simplesmente a codificação de um mundo “habitado por bons e maus espíritos que afetam as distintas situações da vida…”, mas sim, a revelação da realidade espiritual do Ser, abrangendo desde os aspectos simples da vida até os complexos caminhos da consciência. Enfim, para mim particularmente, o espiritismo jogou novas luzes nos ensinamentos do querido Mestre de Nazaré, reformou a minha visão infantil de céu-inferno e me conduziu ao conceito de Espírito Eterno, que deve trabalhar continuamente a serviço do Pai, como o próprio Mestre fez, com a profundidade e beleza que eu nunca havia visto antes.
… Porque não há coisa encoberta que não haja de manifestar-se, nem coisa secreta que não haja de saber-se e vir à luz.
Jesus. (Lucas, 8:17.)
Jesus disse: “Aquele que busca continue buscando até encontrar. Quando encontrar, ele se perturbará. Ao se perturbar, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo.”
O Evangelho do Apóstolo Tomé (Apostolo Dídimo Judas Tomé)
Texto Gnóstico encontrado em Nag Hammad, em 1945
JOÃO[14]
26 Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
28 Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu. (Jesus voltou, apareceu primeiramente a Maria [Madalena], posteriormente aos apóstolos, materializando-se)
29 Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais. (Certamente, Jesus falou dessa forma por estar se referindo às manifestações espirituais, tanto a Sua volta quanto ao envio do Ajudador – Espírito Verdade)
JOÃO [16]
12 Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora.
13 Quando vier, porém, aquele, o_Espírito_da_verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. (Através deste versículo Jesus estaria nos informando que os Espíritos que nos transmitiriam as mensagens, as informações, seriam mensageiros, intermediários de outros Espíritos mais elevados, assim como podemos ver em: Dogmas da 3ª Revelação e Interferência nas comunicações espirituais)
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
Aproxima-se o homem terreno da Era do Espírito. Sob a luz da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria e, decerto, precisa de cooperação, a fim de que se lhe habilite o entendimento.
– André Luiz – 1954
Chegarei ao Evangelho_de_Cristo pelos caminhos da ciência, ou seja, chegarei ao Evangelho pelos caminhos do materialismo, a fim de fundir os dois pretensos inimigos:
a ciência
e a fé.
Isto para mostrar-vos que não existe caminho que não leve ao Evangelho, para impô-lo a todos os seres racionais, tornando-o obrigatório, como o é qualquer processo lógico. Ele é a nova lei super-humana, a superação biológica imposta pela evolução_da_humanidade neste momento histórico, quando está para surgir a nova_civilização_do_terceiro_milênio. Chegou a hora em que estes conceitos, esquecidos e não compreendidos, pregados mas não vividos, tenham que explodir por potência própria, no momento decisivo da vida do mundo, fora do âmbito fechado das religiões, na vida em que:
o interesse luta,
a dor sangra,
a paixão transtorna.
[63 – A GRANDE SÍNTESE – Nossa meta – A nova lei ] – Pietro Ubaldi – Itália – 1937
Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da personalidade congênita, em processo_de_melhoria_gradativa, espalhando enunciados novos que atravessem a zona de raciocínios falíveis do homem e lhe penetrem o coração, restaurando-lhe a esperança no eterno futuro e revigorando-lhe o ser em suas bases essenciais. As noções reencarnacionistas renovarão a paisagem da vida na Crosta_da_Terra, conferindo à criatura …
não somente as armas com que deve guerrear os estados inferiores de si própria,
mas também lhe fornecendo o remédio eficiente e salutar.
Faz muitos séculos, afirmou Plotino que toda a antigüidade aceitava como certa a doutrina de que, se a alma comete faltas, é compelida a expiá-las, padecendo em regiões_tenebrosas, regressando, em seguida, a outros corpos, a fim de reiniciar suas provas. Falta, desse modo, lamentàvelmente, aos nossos companheiros de Humanidade o conhecimento da transitoriedade do corpo_físico e o da eternidade_da_vida, do débito contraído e do resgate necessário, em experiências e recapitulações diversas.
[40 – página 34] – André Luiz
Visão simplista, que coloca o Espiritismo como um sincretismo religioso, ligado às tradições africanas. Coisa de quem nunca leu Kardec. Visão simplista do protestantismo tradicional e pentecostal. Coisa de quem nunca leu Weber. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. As novas igrejas pentecostais prometem um reino de Deus aqui na terra, através da aquisição de bens materiais e curas miraculosas. A visão que o Espiritismo proporciona da vida “post morten” é única, científica e lógica. A definição dada à palavra Espírito supera qualquer outra concepção. Ali temos a resposta para todas essas pessoas que adoram querelas para não enxergar a verdade…..
Olá Leonardo, fico feliz em ver sua forma de pensar corajosa e sensata. Parabéns. Gostaria de saber se lhe agrada a doutrina espirita?
Parafraseando o evangelista João: “No princípio era o espírito e o espírito estava com Deus e o espírito era Deus”. É assim que sinto. Deus, o “Grande Espírito”, terminologia profunda usada de modo geral pelos povos indígenas, que desde a ancestralidade compreenderam que nada subsiste sem a presença dele.
Fraternal Abraço Gilson A. Barbosa
Parabéns pelo texto. Maravilhoso
Que belo artigo!
Gosto do que escreve, independentemente encontro sabedoria em suas palavras e muitas veses penso igual, mesmo antes de ter conhecimento dos seus escritos.
Não gosto do Leonardo. Acho ele um Bofe rsrs.
Giuliana,
Vc é masoquista. Gosta de sofrer. Ninguem a obriga me ler e me seguir. Poupe seus “bofes”
lboff
Tá, vou moderar da (s) próxima(s) vez (es). Sorry.
Caro Boff.
Creio que a busca pelo Espirito, comece pelo caminho inverso, não fora de si mas, dentro de si, não pela busca de um pseudô espírito, poderia até incluir aqui o Espírito Santo, pois se o Espírito Santo, não muda a estrutura do ser, para o Espírito de Cristo, de nada vale, se isto não acontece, o ser humano se torna filho de alguma ideologia religiosa, ou mercadologica, sendo um mísero humano manipulado, sendo refém as vezes do a quem.
Se nós buscassemos o espírito dentro de si, enfrentando corajosamente nossos erros, dominando-nos, e sempre, procurando o equilíbrio, com os espíritos que encontramos fora de si. Obs: também não esquecendo, do próximo e do cosmos.
Rodrigo Massi.
Infelizmente o que estamos vendo e ouvindo por meios de comunicações, radio, tv e outros através de várias Igrejas, é um show da fé, publicação extraordinários de milagres, são grandes assembleias se achando universal pregando o “reino de Deus” causando disputa mundial, quando uma pentecostal se acha carismáticos, faz se de tudo, não descansa nem no sétimo dia para ganhar um do outro, sem contar dos tijolinhos, travesseirinhos, medalhas e tantos outros objetos milagrosos que deixam os fiés alienados, ficando preso a uma salvação que eu não sei se existe, esquecendo do verdadeiro Jesus que liberta e acolhe os humildes e derruba os soberbos. Em nome do Espirito Santo ganham dinheiro, muito dinheiro e não prestam contas.
Quanto a Igreja perderá por isso? A melhor forma de querer conhecer o cerne de uma religião, pelo foco da crítica, negativa em sua maioria, é ler algo publicado de algum membro que a viveu intensamente e agora é um “ex”. Tudo que é citado vira algo bombástico e choca as cabeças de seus seguidores e reforça a posição dos contrários… Vamos ver …A Igreja sobreviverá, lembrando a música de Chico Buarque – APESAR DE VOCÊ….AMANHÃ HÁ DE SER….UM NOVO DIA…etc…
“Quanto a Igreja perderá por isso? A melhor forma de querer conhecer o cerne de uma religião, pelo foco da crítica, negativa em sua maioria, é ler algo publicado de algum membro que a viveu intensamente e agora é um “ex””.
Crítica negativa? Ah! Quer dizer então que a Igreja Católica não é passível de qualquer crítica. A ICAR é santa e só tem santo nos seus quadros. Pelo visto os escândalos de pedofilia, a corrupção no Banco do Vaticano (desde o Banco Ambrosiano), a omissão de Pio XII para com o holocausto na Alemanha Nazista (afinal Hitler era Católico), a inquisição, a morte misteriosa de João Paulo I, o alinhamento do Vaticano com as políticas neoliberais de Reagan e Thatcher (opção pelos ricos), etc, etc, etc. é pura invenção e maledicência da oposição, uma conspiração fomentada por L. Boff, Edir Macedo, Silas Malafaia, o Aiatolá Khomeini, Hugo Chaves, Fidel Castro, Lula e Pai Zezinho de Aruanda. Tá bom! Ou você é devoto de São Josemaría Escrivá de Balaguer ou está com o cérebro derretido de tanto ouvir as pregações alienantes dos padres popstar do momento. Acorda! A Igreja é uma instituição humana e, portanto, desde sua organização oficial (concílio de Nicéia) carrega consigo as contradições do homem, por isso mesmo imperfeita. Nela há virtudes e também vícios, e em seu meio floresceram grandes homens (santos) como alguns demônios. De um lado Agostinho de Hipona, Francisco de Assis, João XXIII, Tereza de Calcutá, Dom Óscar Romero, Dom Helder Câmara – para citar alguns e de outro Torquemada, os papas corruptos da idade média alta e renascença, os clérigos que ajudaram na manutenção da escravidão no Brasil, o omisso Pio XII, os padres pedófilos, etc.
E mais: O fato de ser L. Boff, como diz você um “ex”, não altera em nada o valor da crítica, tornando-a negativa como você quer. Ao contrário é altamente positiva, justamente, por ter conhecido as mazelas desta organização tão humana. De mais a mais, o ilustríssimo esquece de uma coisa: uma vez sagrado sacerdote, eternamente sacerdote, ainda que por razões diversas venha abdicar do seu ministério.
Oremos…
Sr. Gilson, sinto o mesmo amargo que todos os católicos sentem quando a Igreja Santa e Pecadora, é criticada de forma nua e crua. Lembro-me que Dom Helder, que fora tão vítima quanto Boff, desprezado e humilhado pela Igreja, calou-se ao público. Foi tosqueado e ordenhado, fazendo alusão aos termos lidos no último documento do Leonardo, mas, só apascentou as suas ovelhas, a mando de Jesus, que assim implorou três vezes a São Pedro. Os escândalos da Igreja, notadamente a pedofilia e abusos financeiros, homossexualismo e adultérios, eu sempre vi a olho nu e em cores, com uma proximidade que poderia esfriar totalmente minha fé nesta Igreja. O ex Frei é um notável intelectual, mas, um ferido pela Igreja que o sangra até hoje e, com esse líquido doloroso e ainda vivo, escreve linhas que visam abrir ao mundo as mazelas e fragilidade de uma Entidade formada e governada por humanos, que não obstante ao Sopro do Espírito Santo, pecam. E o maior pecado para Boff foi a imposição de seu silêncio. E isso ele não perdoa, usando seu formoso intelecto, embelezado e moldado pela Igreja que ele foi fiel, digo, foi fiel, dirige comentários contrários à sua velha Mãe Igreja, não para edificá-la, mas para desmoroná-la perante seus inimigos. A Igreja sempre foi sábia, e sempre será, pois tem Jesus Cristo como seu Idealizador. E por tê-LO como Idealizador Ela mereceria maior respeito, mesmo em memória, dos que estão e estiveram dentro Dela. Leonardo Boff, sem dúvida é um homem bom de se ouvir, como sempre o fiz, mas, fico temerário com suas críticas
oportunas à cura de suas dores, causadas por ferimentos desferidos pelo atual Papa, quando Cardeal, que por sua vez cumpria os preceitos em voga na Igreja Mãe e que não podiam ser passados ao largo, não obstante à amizade que ambos mantinham entre si. A Igreja não muda tão rapidamente como tantos desejam. O silêncio de Dom Hélder ao dormir em sesta, sob a visão de Boff, como ele mesmo comentou em suas entrevistas, e que o levou às lágrimas, deveria ser um aprendizado de humildade no sentido de respeito à Igreja que o formou – UM SILÊNCIO ANGÉLICO. Ser fomentador de intrigas ao Vaticano, movido por motivos pessoais e mesmo comunitário, e ainda, mesmo que haja verdades em seu contexto, somente ajuda o inimigo maior de todos os cristãos. E quando isso é feito por um EX Frei (consagrado eternamente pelo sacramento da Ordem, por isso nosso respeito) fico perplexo e temeroso. Não sou da Opus Dei, como suspeitou, com a qual não concordo, mas somente sou um Cristão Católico frequentador, que procura no Deus Filho a Salvação Eterna prometida pelo Deus Pai desde Abrahão, nosso Pai da Fé, e que movido pelo Deus Espírito Santo, permaneço fiel ao Único Caminho que me levará à Felicidade Eterna: a nossa Igreja. Cortaria meus pulsos, como você mesmo o disse em seu comentário, se assim não pensasse. Tenho convicção de que a Igreja caminhará com mais força rumo ao seu destino final, pois creio firmemente que a Mãe da Igreja, Maria, está atenta nas talhas de vinho da sabedoria de sua Filha predileta, e não verá obstáculos para pedir ao seu Filho Jesus, que o reponha com vinhos mais acurados e preparados para o momento em que passamos. Ela mesmo disse: FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER. Assim farei, em relação à Igreja, obedecendo nossa Mãe Maria. Salve Maria! Aguarde caro irmão, tenha Fé. Faça como São Pedro, não desejando sair do Monte Tabor, pois, ali ele pode fazer a experiência do Senhor, viver com o Senhor, respirar o Senhor, e ter muito perto o alento da alma, longe das mazelas do mundo. Não destrua nosso MONTE TABOR, pois é Nele, como São Pedro, que sentimos a Vóz do Pai tão próxima.
Prezado leonardo Boff tem alguma previsão de mês o lançamento desse livro? É que perguntei pra Vozes e ninguém sabia me informar…paz e bem sempre!
Eu e minha filha gostamos de seus textos.Esse tem o que tento sempre passar para meus filhos.Atuantes na Igreja Católica,nos deparamos com comentários sobre a teologia da libertação.Na PUC Rio onde minha filha Nathalia estuda e participa de pesquisas,já fizemos um ótimo trabalho sobre seu trabalho.Ajudei um pouco,pois li diversos livros seus.Foi uma boa experiência lidar com universitários.A espiritualidade das pessoas é sagrada,devemos tê-la como graça de Deus.
“SER OU TER? (Erich Fromm),Como resgatar o “espírito” no SER OU NO TER…? Abraços!
Observei que Boff abordou o tema em uma perspectiva de diálogo com o pensamento ocidental e com a física contemporânea, mas não fez referência ao pensamento hebraico, que acho muito bonito e que possui uma compreensão absolutamente holística para o espírito.
O “ruah” que torna vivente o húmus e gera o homem integra as dimensões diversas do humano, sua corporeidade, afetividade, laboriosidade, o insere na dinâmica do cósmico e do transcendente que passa a habitá-lo integralmente, abrindo-o à busca da religação que lhe explicite seu completo sentido.
Penso que uma observação com esse teor pode complementar a opinião expressa no artigo e alimentar compretimentos com os anseios de culto e cultivo de um ambienta sustentável e de uma sociedade justa.
Edmar Roberto Prandini
@edmarrp
http://www.unipress.blog.br
Boa noite Prof. Leonardo! Queria saber o que pensas sobre o espiritismo de Allan Kardec. Tens algum texto? Não encontrei um buscador 🙂 Obrigada pela atenção, eu adoro seus textos! Te conheci através de uma aula de crônica no México porque agora estou morando lá! Grande abraço!
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