WASHINGTON NOVAES, vale repetir, é um de nossos melhores jornalistas investigadores, sempre atento às circunvoluções da realidade atual, cheia de contradições e graves ameaças. A crise na zona do Euro está produzindo um número alarmante de suicídios na Grécia, Italia, Espanha e também em Portugal, por desespero das pessoas de não poderem levar avante seus pequenos negócios dos quais tiravam o sustento da família. Trabalham praticamente para pagar os escorchntes impostos. NOVAES publicou em O Estado de São Paulo (19/10/2012) dados que mostram a dramaticidade da atual situação lá fora mas tambem em nosso pais, sob o título As “coisas indescritíveis do mundo do consumo. Mudamos o título para conferi-lhe mais amplidão: Lboff
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O historiador Eric J. Hobsbawn, que morreu no começo da semana passada, deixou livros em que caracterizou de forma contundente os tempos que estamos vivendo.”Quando as pessoas não têm mais eixos de futuros sociais acabam fazendo coisas indescritíveis”, escreveu ele no ensaio Barbárie: Manual do Usuário (ESTADO, 2/10). Ou então: “Aí está a essência da questão: resolver os problemas sem referências do passado.” Por isso, certamente Hobsbawn não se espantaria com a notícia estampada neste jornal poucos dias antes de sua morte:”Na Espanha, cadeados nas latas de lixo” (27/9). “Com cada vez mais pessoas vivendo de restos, prefeitura (de Madri) tranca as latas como medida de saúde pública”. Nada haveria a estranhar num país onde a taxa de desemprego está por volta de 25%, 22% das famílias vivem na pobreza e 600 mil não têm nenhuma renda.
E que pensaria o historiador com a notícia (ESTADO, 26/9) de que as autoridades de Bulawato, no Zimbábue, África, “pediram aos cidadãos que sincronizem as descargas de seus vasos sanitários para poupar água (…) Os moradores devem esvaziar os vasos apenas a cada três dias e em horários determinados”. Provavelmente Hobsbawn não se espantaria, informado das estatísticas da ONU, segundo as quais 23% da população mundial (mais de 1,5 bilhão de pessoas) defecam ao ar livre, por não terem instalações sanitárias em suas casas. As do Zimbábue ainda estão à frente.
E da China, que pensaria ele, ao ler nos jornais (22/9), que a Prefeitura de Xinjian, no Leste do país, “está sob intensa crítica da opinião pública após enjaular dezenas de mendigos no mesmo lugar durante um festival religioso”? Ao lado da foto das jaulas nas ruas com mendigos encarcerados , a explicação de autoridades, de que assim fizeram porque os pedintes assediavam peregrinos e corriam risco de ser atropelados ou pisoteados. Mas “entraram nas jaulas voluntariamente”. Será para não correr riscos desse tipo que “quatro estrangeiros de origem ignorada” vivem há três meses no aeroporto de Cumbica, São Paulo, recusando-se a dizer sua nacionalidade e procedência ? (Folha de S. Paulo, 29/9). “Em tempos de transformação”, disse o psicanalista Leopold Nosek a Sonia Racy (ESTADO, 7/10), “quando o velho não existe mais e o novo ainda não se estruturou, criam-se os monstros”.
Para onde se caminhará ? Na Europa, diz a Organização do Trabalho, que com todo o sul do continente em crise o desemprego na faixa dos 15 aos 24 anos crescerá 22% em 2013, pouco menos no ano seguinte. Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego entre jovens está em 17,4%, talvez caia para 13,35 até 2017 (Agência Estado, 5/9). O desemprego médio nos 17 paises da zona do euro subiu para 11,4%.
Pulemos para o lado de cá. Um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda (Estado, 26/9). São 5,3 milhões de jovens. Computados também os que buscam trabalho, chega-se a 7,2 milhões. As mulheres são maioria. E o déficit acontece embora o país tenha gerado 2,2 milhões de empregos formais em 2011.
As estatísticas são alarmantes. A revista New Scientist (28/7) diz que 1% da população norte-americana controla 40% da riqueza. Já existem 1226 bilionários no mundo. “Nós somos os 99 por cento”, diz o movimento de protesto Occupy. Entre suas estatísticas estão as que os relatórios do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) vêm publicando desde a década de 90: pouco mais de 250 pessoas, com ativos superiores a um bilhão de dólares cada, têm, juntas, mais do que o produto bruto conjunto dos 40 países mais pobres, onde vivem 600 milhões de pessoas.. Já a metade mais pobre da população mundial fica com 1 por cento da renda global total.. E menos de 20% da população mundial, concentrada nos países industrializados, consome 80% dos recursos totais. 92 mil pessoas já acumulam em paraísos fiscais cerca de US$21 trilhões, afirma a Tax Justice Network (New Scientist, 28/7)
E que se fará, com a população mundial aumentando e com os recursos naturais – inclusive terra para se plantar alimentos – escasseando ? É cada vez maior o número de economistas que já mencionam com freqüência a “crise da finitude de recursos” Os preços médios de alimentos “devem dobrar até 2030, incluídos milho (mais 177%), trigo (mais 120% e arroz (107%)”, alerta a ONG Oxfam (Instituto Carbono Brasil, 6/9). 775 milhões de jovens e adultos são analfabetos e não têm como aumentar a renda (Rádio ONU, 10/9).
De volta outra vez ao nosso terreiro, vemos que “mais de 90% das cidades estão sem plano para o lixo” (ESTADO, 2/8). Na cidade de São Paulo, 90% do lixo reciclável vai para aterros sanitários (Ciclo vivo, 10/8). 5,4 bilhões de litros de esgotos não tratados são descartados diariamente. Perto de metade dos domicílios não são ligados a redes de esgotos. A perda de água nas redes de distribuição (por furos, vazamentos etc.) está por volta de 40% do total.. Mas 23% das cidades racionam água, segundo o IBGE (Estado, 20/10/11). E grande parte da água do rio São Francisco que será transposta irá para localidades com essas perdas – antes de corrigi-las. E com o líquido custando muito mais caro, já que muita energia será necessária para elevá-lo aos pontos de destino.
Enquanto isso a campanha eleitoral correu morna em praticamente todo o país, com candidatos fazendo de conta que vivemos na terra da promissão, não precisamos de planos diretores rigorosos nas cidades, não precisamos responsabilizar quem mais consome – e mais gera resíduos -, não precisamos impedir a impermeabilização do solo das cidades, nem impedir a ocupação de áreas de risco.
“A sociedade de consumo – escreveu Hobsbawn – se interessa apenas pelo que pode comprar agora e no futuro”. Mas terá de resolver o problema de um bilhão de idosos em dez anos (Fundo de População das Nações Unidas, 1/10).
Fonte: O Estado de São Paulo 19/110/2012
Gente, é escandalosa a iniquidade na partilha e desfrute do planeta! Não basta uma boa conduta individual, há que se trabalhar em comunidade por uma transformação social.
Não será esta a grande crise do capitalismo vil com o qual habituamo-nos a viver no último século? Com o aumento poulacional, sem destribuir a renda e os alimentos não vai dar, nem pra água…
O Beato João Paulo II, já nos alertava, “mas que uma crise econômica, o homem sofre uma crise moral”. Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais lhe será acrescentado.
A tecnologia e o desempregado
O desemprego tecnológico vai tomando conta dos meios de produção no mundo todo. A acirrada concorrência global exige permanente acelerada atualização tecnológica por novos produtos e redução de custos. Mas, redução de custos, necessariamente significa substituição do trabalho humano, em todas as árias e especialidades, aumentando a capacidade produtiva e qualidade dos produtos, indispensáveis na selvagem disputa de mercados. Além dessas vantagens, a tecnologia trás outras mais, como a total isenção de conflitos morais, humanos e judiciais, ao ter que demitir uma determinada senhora Tecnologia que deixou de ser eficiente.
O desemprego tecnológico atinge o trabalhador intelectual e braçal. Ninguém escapa. Por outro lado, não podemos esquecer que o sistema capitalista necessita de massa infinita de trabalhadores empregados com o devido poder de compra, para continuar movimentando a sociedade de consumo.
Simplificadamente, o sistema capitalista é composto de dois grandes polos:
1) O polo produtor de riquezas, produzindo as mais variadas formas de produtos, bens e serviços;
2) O polo consumidor, constituído por um universo de infinitos trabalhadores, empregados e ganhando o suficiente para ter como exercer o poder de consumo.
Como a tecnologia desemprega em massa, não é complicado concluir o inevitável desmonte do sistema capitalista. Sem um robusto mercado consumidor o sistema deixa de funcionar. A falência do polo consumidor implica na falência do polo produtor. É a lógica do sistema capitalista.
Dentro desse ângulo de questionamento, segue abaixo, algumas importantes tecnologias a caminho do mercado consumidor:
Indústria Farmacêutica
A medicina do futuro promete mudanças significativas na atual complexa, sofisticada e poderosa indústria farmacêutica, tendo em conta:
a) A produção de diversos órgãos do corpo humano destinado à substituição dos danificados, a preços acessíveis, sem os conhecidos problemas de rejeição, já estão a caminho de tornar realidade, com a plena recuperação da saúde do indivíduo;
b) A melhor compreensão dos mecanismos de defesas naturais do corpo humano, ainda está por ser desvendado. Os miseráveis e mendigo, apesar da extrema carência de higiene, continuam vivos, em alguns casos, com boa saúde, apesar de continuamente expostos a vírus e bactérias de todos os tipos e naturezas, capazes de destroçar a saúde da grande maioria das pessoas saudáveis. Sabe-se de indivíduos que expostos a mortais bactérias e vírus, como a AIDS, não ficam contaminadas e continuam saudáveis. Quando a ciência desvendar a ativação de nosso mecanismo de defesas naturais, por certo que não precisaremos mais de médicos e de medicamentos como nos dias de hoje;
c) Tendo em conta os avançados estudos da genética, não vai demorar muito a extensa pré-identificação e correção de possíveis doenças intervindo no feto ainda no útero da mãe, evitando a necessidades futura de médicos, medicamentos e sofisticados exames. Isso, já está sendo feito.
Inteligência Humana e Micros Processadores
A tecnologia de implante de microprocessadores para trabalhar em conjunto com o cérebro humano, dotando-o de estupenda memória auxiliar e rapidez de raciocínio, é tecnologia em plena marcha. Quem sabe, antes de 20 anos estará disponível. Por certo que essa revolucionária tecnologia trará imprevisíveis abalos na sociedade capitalista, baseado na crença e na adrenalina, com fortes cores emocionais, pouco a ver com o racional e lógico.
Com a população dotada de maior poder de raciocínios, lógicos e dedutivos, gigantescos espaços de mercados ora ocupados por conta das fantasias, ficaram reduzidos. O conhecido comportamento humano irracional e precipitado, movido pela emoção, praticamente deixará de existir. As pessoas ficarão mais cautelosas.
O comportamento mais racional e lógico vai causar grande redução no fluxo de compras e de iniciativas empreendedoras, com fortes reflexos negativos na estúpida sociedade de consumo baseada na adrenalina, pouco a ver com a real necessidade. Inúmeros costumes, hábitos e paradigmas serão lançados ao chão, quem sabe, até mesmo coisas como o velho padrão ouro.
Justiça e Polícia
A dimensão geral das estruturas e do número de profissionais especializados ou não, ligados diretamente e indiretamente à justiça e polícia, possivelmente serão bem menores dos atuais níveis com a chegada do detentor de mentira de alta confiabilidade, próximo de tornar realidade. Será uma formidável ferramenta capaz de confirmar sem margem de erros, a veracidade de um depoimento ou interrogatório.
A pronta identificação do culpado, acrescido dos detalhes do crime, obtidos de confissão sem torturas ou ameaças, trará gigantesca simplificação nos processos jurídicos, grandes redução de custos e de perdas de tempo. A necessidade da imensa quantidade de trabalhos envolvidos na elaboração, tramitação e julgamento de volumosos processos judiciais, deixarão de existir. O espaço para os advogados e magistrados ficará bem mais reduzido.
Inclusive, software e computadores de alta tecnologia darão grande agilidade e na redução de pessoal de suporte, permitindo aos interessados pronta localização e acompanhamento à distância, consultas interativas e outras mais.
Vigilância Eletrônica
Em breve, olhos eletrônicos estarão instalados por toda à parte e lugares capazes de identificar qualquer indivíduo, criminoso ou suspeito, através da íris, impressões digitais ou geometria facial, fornecendo de pronto e imediato sua localização. Como isso já não bastasse, toda a malha de comunicação via internet, com tudo que é escrito, arquivado ou enviado pelos computadores, já de algum tempo que estão vulneráveis aos infinitos olhos do poder, por isso mesmo, deveria ficar em mãos do Governo, por óbvias razões de seguranças, inclusive científica, tecnológica, financeira e militar.
Por conta dessas tecnologias, a grande dificuldade da polícia na localização de um suspeito ou criminoso, deixará de existir. Ou seja, o quadro geral de pessoal da justiça e da polícia por certo que será mais reduzido nos próximos anos. Essa tecnologia também fará um vasto número de desempregados de porteiros e vigilantes.
O Médico Clínico Digital
Consultas médica a preços mais baratos, disponíveis 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados através de nosso computador e da internet, não está muito longe de acontecer. Muito em breve passaremos a contar com um supercomputador clínico, localizado em lugar do Planeta, atualizado a todo instante com as mais recentes descobertas da medicina. Esse supermédico digital estará apto a prescrever os mais competentes diagnósticos, com base nos sintomas apresentados e resultados de confiáveis exames clínicos laboratoriais realizados pelo próprio paciente, com auxilio de dispositivos e acessórios laboratoriais eletrônicos interligados ao seu micro computador.
Esse supercomputador clínico será capaz de processar uma gigantesca massa de informações médicas levando em conta o cadastro clínico detalhado do paciente, histórico familiar, atividades profissionais, código genético, estatísticas, probabilidades e outras mais. Gigantesca massa de dados, sofisticadamente processada, jamais poderia ser feito por um cérebro humano, em curto espaço de tempo e com pouca margem de erro. Será insuperável.
Educação e Escola
A educação formativa deve sofrer grandes abalos por conta da televisão de três dimensões, capaz de por dentro da sua casa, na hora que você estiver disponível, o necessário professor ou professora (a gosto, inclusive idade e bio tipo, velocidade e tom de voz, etc.). Estarão disponíveis, as mais variadas matérias curriculares e respectivos testes, com recurso de repetir aulas, de elevado nível didático, tantas vezes quanto às necessárias até a perfeita compreensão do aluno, em qualquer lugar do Planeta. As estruturas das escolas, universidades e estabelecimentos de ensino tais como hoje existem, devem passar por grandes modificações e transformações.
Transporte Aéreo e Rede Hoteleira
Com o aprimoramento da tecnologia de televisão de terceira dimensão, as reuniões e conferências a longa distância deixarão de precisar intensamente de transporte aéreo e rede hoteleira. A grande maioria das reuniões, seminários e outros mais, poderão ser realizados sem a presença física dos participantes.
Tudo será feito através da televisão de três dimensões conectadas na internet. Para a maioria dos casos não haverá mais necessidade dos altos custos de viagens a trabalho de executivos, funcionários e técnicos. A sala virtual de reunião será no próprio local de trabalho, com drásticas reduções de custos para a empresa. Trará desemprego na hotelaria, nas companhias aéreas e demais indústrias e serviços afins, quem sabe, até nas fábricas de aviões.
Engenharia
Todas as profissões com base nas ciências exatas, já de algum tempo vêm sofrendo devastadora perda de espaço frente aos computadores. Por certo que terão ainda maiores baixas com o advento de potentes computadores e sofisticados softwares a caminho. Para a engenharia, especialmente no que diz respeito aos profissionais de projetos sem maiores complexidades, os dias contados. Quanto aos profissionais ligados a projetos especiais e de maiores complexidades, trabalhando em pesquisas ou em trabalho de campo, terão sobrevida.
Serviços de Manutenção
Toda a manutenção, elétrica, mecânica e eletrônica, deverá ficar sob a contínua e interrupta supervisão de elementos eletrônicos, convenientemente instalados nas máquinas, equipamentos, aparelhos e processos, aptos a indicarem quaisquer anomalias de operação ao perceberem indevidas decorrentes elétricas, vibrações, temperaturas, sobretenção elétrica, sobrecarga mecânica, etc.
Além da infalível e prévia detecção de defeitos evitando prejuízos decorrentes de súbita interrupção operativa, é capaz de precisar as peças que estão operando, próximo a ruptura, dos locais envolvidos, além de sumário das consequências de eventual ruptura operativa. Semelhante sistema trará considerável redução da clássica mão de obra normalmente ora empregada na manutenção.
Alimentação
Em futuro próximo, todas as refeições estarão disponíveis em máquinas semelhantes das de café e chocolate existentes em inúmeras empresas e locais. A futura máquina de refeição estará capacitada a preparar instantaneamente, nossa principal refeição, ao nosso gosto, sabor e necessidades orgânicas, clínicas e nutricionais. Tão logo passamos nosso cartão magnético e senha, prontamente, a máquina passa ao preparo de nossa balanceada refeição a preços reduzidos, saudável, de bom paladar e de boa aparência.
Essas máquinas estarão em todos os lugares, praças, ruas, empresas, indústrias, etc. Os conhecidos restaurantes não terão a menor condição de concorrência. Milhares de trabalhadores ligados diretamente e indiretamente a toda produção, armazenamento, conservação, transporte e vendas de alimentos, perderão seus empregos. As consequências dessa tecnologia para o sistema capitalista serão devastadoras, difícil de prever toda sua extensão.
Papel Moeda
O governo deverá substituir todo papel moeda existente por cartão magnético pelo Banco Central. Essa medida dificultará muito todo tipo de sonegação. Todas as transações passarão ser rastreadas, sem margem alguma para compras e vendas distantes dos olhos do governo.
Em semelhante cenário, o imposto sobre o assalariado poderá ser bastante reduzido, aumentando o poder de consumo do trabalhador. Essa perda de impostos poderá ser compensada por setores que realmente devem arcar com a maior parcela de impostos.
A partir daí, a necessidade de fazer o ajuste anual de imposto de renda deixará de ser necessário. Pois que o governo deterá todas as informações financeiras e econômicas de cada contribuinte, em todos os seus detalhes, seja pessoa física ou jurídica.
Por outro lado, todas as máquinas, processos tecnológicos e especialistas integrantes da gigante, sofisticada e complexa indústria do papel moeda, estarão sem função alguma. Nem mesmo, títulos e diplomas serão mais impressos. Tudo será digital, dinheiro, negócios, mercados, investimentos, etc.
Conclusão
Infinitas maravilhas tecnológicas estão entrando no mercado consumidor, prometendo muito desemprego. Dirão os defensores do sistema capitalista que toda nova tecnologia suprime empregos, mas também acrescenta novos outros. Certo, só que tira mais empregos do que acrescenta. Não poderia ser diferente por conta da selvagem luta por mercados e grandes lucros. Como um desesperado viciado a procura de sua perigosa droga, o sistema capitalista necessita desesperadamente de novas tecnologias que vai lhe matando aos pouco, por conta dos milhares de desempregados que vai fazendo.
Parafraseando Paulo Mendes Campos: “Antigamente as coisas eram ruins, mas foram só piorando”, e do jeito que tá a “vaca vai pro brejo” de vez em pouco tempo. E o pior é que cada um de nós tem sua parcela de culpa. Tenho me perguntado como reagir à essa cartilha consumista que nos é imposta por esse sistema de produção, consumo e destruição em massa chamado de capitalismo, mercado, crescimento econômico ou coisa que o valha. Em post anterior neste espaço falei sobre o sentimento de incapacidade que me invade e me faz refém dessa lógica pervesa. O que fazer???
Abraços Gilson
Atingimos o ponto alto da Sociedade de Consumo dos países auto-intitulados “Desenvolvidos”, estamos agora a iniciar a viagem de regresso… Infelizmente não será uma REDUÇÃO da sociedade consumo, pois está-se apenas a verificar uma transferência para as novas zonas de “novos ricos”…
O que está a passar na Europa é o que é necessário! Do ponto de vista das sociedades de consumo, obviamente…
Primeiro criamos uma grande quantidade de pobres, ainda falta um pouco para estar concluído, e a seguir iniciamos a fase de industrializar novamente a Europa… Pois mão de obra barata e desesperada por uma esmola não faltará!
Enquanto continuarmos a ser ESCRAVOS das 8 Famílias que dominam os países Ocidentais, escusamos de pensar ou imaginar cenários diferentes… Elas DOMINAM O ACTUAL SISTEMA MONETÁRIO, que é como quem escreve, ELAS DOMINAM TUDO, uma delas desde 1798…
Agora PENSEM!
Abraço a todos 😉
Não se publique, o comentário aqui posto:
– Pessoal, numa época em que pululam os corretores ortográficos automáticos, 95% eficazes, gratuitos…, como podem textos (falo das introduções) como este serem publicados? Cito:
“Trabalham praticamente para pagar os escorchntes impostos. NOVAES publicou em O Estado de São Paulo (19/10/2012) dados que mostram a dramaticidade da atual situação lá fora mas tambem em nosso pais, sob o título As “coisas indescritíveis do mundo do consumo. Mudamos o título para conferi-lhe mais amplidão: Lboff”
– Abraço, sem querer ser chato e já o sendo, desejo-lhes o melhor! A. Villas.
Antonio,
Seria bom mostrar onde estão os referidos erros para poder aprender e corrigir. Se não vc fica apenas chato.
lboff
Vou meter o bedelho! Erros sim, mas nada de gravíssimo!
“escorchntes” falta uma letra…
E depois faltam acentos agudos em “tambem” e em “pais”
No fim as aspas estão colocadas fora de posição – As “coisas…”
O tempo verbal “conferi-lhe” provavelmente errado, mas como é citação não posso aferir!
Realmente quando alguém se dá ao trabalho de comentar sobre erros, no mínimo podiam dizer quais são eles… Pelo menos é o que eu faço mas apenas quando são erros grosseiros, não o actual caso…
Abraço…
Este é que se desejar não necessita publicar!
Hi hi hi, gostei, Leo: então lá vão eles:
1) “escorchntes”, corrija-se para “escorchantes”;
2) “lá fora mas tambem em nosso pais”, corrija-se para “lá fora, [vìrgula] mas também [acento no ‘e’] em nosso país [acento no ‘i’];
3) “conferi-lhe”, corrija-se para “conferir-lhe”, mas, homem de Deus, não publique estas chatices, falo das minhas, só corrija, sua MENSAGEM o merece e ela é quem clama pelo texto revisadinho. Um abraço. Tony.
Engraçado, preocupam-se tanto com erros, mas não vêem os próprios: vazaOdb a) – não é mais actual e sim atual (só se justifica se você tiver mais de 100 anos, rsss). b) Este é que…é desnecessário e ainda fica sem sentido, bastaria…Se desejar, não precisa publicar (de preferência com a vírgula). Abraços.
Alexandre… Ao menos podias ter feito um “copia/cola” no meu ‘nome’ sempre ficava correcto!…
Lamentávelmente tudo o que o Senhor escreve aqui é real e muito doloroso. Muito obrigado por os seus textos tão valiosos para mim Frei Leonardo. Um abraço.Rosa (Braga/Norte-Portugal)
Caro Leonardo Boff,
sou estagiário do CDDH, pelo projeto CRDH.
Escrevo para informar que estou digitalizando
fotos do Projeto Habitação do CDDH, de 1987, através de um
perfil no facebook com o nome de Sergio Hammes
Espero que você goste da ideia e dê uma olhada nas fotos.
Obrigado!
A crise econômica mundial
Sabemos que a economia mundial está sendo submetida a uma gigantesca crise econômica. A mais séria desde a devastadora crise de 1929. O que ainda não está muito claro são as fundamentais causas que empurraram o sistema capitalista para a atual crise. Apesar de estratosféricos recursos públicos empregados, mundialmente da ordem de mais de US$ 17 trilhões de injetados na iniciativa privada, bancos, montadoras e outras mais, o sistema continua abalado e sem a reação esperada. O sistema capitalista é dotado de natureza bem parecida com a dos seres vivos, selvagem, egoísta e inconsequente, bem condizente com a alma humana, fascinante e muito forte. Mas em suas entranhas, carrega alguns vírus mortais, dentre eles, o desemprego tecnológico. Cedo ou tarde, o trabalhador acaba sendo substituído pela tecnologia, seja ele braçal ou intelectual. Essa é uma das principais causa responsável pela existência de milhares de desempregados mundão a fora.
Enquanto o Brasil não passar por um choque social realmente forte, como uma guerra ou uma grande peste ou até mesmo morte em massa por alguma doença, não saberemos valorizar o que temos e muito menos vamos aprender a partilhar alguma coisa, ” a insensatez da riqueza só nos leva para o fim sem sentindo”
Que tal o exemplo das inúmeras e seculares guerras na Grécia, Itália, Espanhã, ora, ora, ora…!
Bem diz o livro sacro não podemos servir a dois senhor, o dinheiro e a Deus. Mas infelizmente somos focados para o dinheiro qualquer crise corremos para socorrer os bancos dinheiro e mais dinheiros são injetados com sacrifício à humanidade.
Comecemos com a nossa terra Brasil.
O “milagre” atual do Brasil não se deve ao ex- Presidente LULA, mas ao atraso da tecnologia microeletrônica em relação ao centro europeu-norte americano. A nossa tecnologia é quase artesanal. Quando a revolução eletrônica chegar em cheio ao nosso continente, então, o Brasil como um país emergente, será a bola da vez, em relação ao estouro futuro de sua bolha especulativa do Mercado Financeiro Mundial. Porque a revolução eletrônica informatizada está na raiz da crise mundial. As máquinas informatizadas eliminou com a Mais-Valia, o dinheiro, o trabalho abstrato, com o valor da produção, o Estado burocratizado do antigo bloco histórico. ” Não só o capitalismo chegará ao seu fim, mas, numa visão profunda, toda a Modernidade “, segundo o filósofo Enrique Dussel.
Vamos para a União Européia (UE).
O filósofo francês Bernard-Henri Lévy escreveu na semana passada no Jornal “Le monde” Fr., o seguinte artigo: “Federalismo ou Morte”. Ele acha que a União Européia se una urgentemente à política do engajamento ou será brevemente estilhaçada, implodida, explodida, morte súbita ou vagarosa, desagregamento dos Estados europeus, sem mais o Euro e seu fim iminente. Mas acho que mesmo com o Federalismo, a UE não escapará da hecatombe histórica.
Vamos à China. Esta já está com uma crise imobiliária e esta levará à formação de grande bolha especulativa e seu estouro será mais rápido do que a de waal street, em 2008. Porque a China não tem o mecanismo de retardamento da crise – o consumo. O estouro da bolha chinesa será desastrosa para o mundo todo.
odeciomendesrocha
Caro Leonardo Boff
É simples, basta o homem deixar de ser o IDIOTA que é e agir como civilizado, coisa que não é. Terminar com os conflitos e outras imbecilidades. Já parou para fazer as contas de quanto se gasta com uma inutilidade que são as armas ???