Há uma questão da existência social do ser humano que atormenta o espírito e para a qual a ressurreição do Crucificado pode trazer um raio de luz: que sentido tem a morte violenta dos que tombaram pela causa da justiça e da liberdade? Que futuro têm aqueles proletários, camponeses, índios, sequestrados, torturados, assassinados pelos órgãos de segurança dos regimes despóticos e totalitários, como os nossos da América Latina, em fim, os anônimos que historicamente foram trucidados por reivindicarem seus direitos e a liberdade para si e para toda uma sociedade?
Geralmente a história é contada pelos que triunfaram e na perspectiva de seus interesses. A nossa, a brasileira, foi escrita pela mão branca. Só com o historiador mulato Capistrano de Abreu apareceu a mão negra e mulata. O sofrimento dos vencidos quem o honrará? Seus gritos caninos que sobem ao céus quem os escutará?
A ressurreição de Jesus pode nos oferecer alguma resposta. Pois, quem ressuscitou foi um destes derrotados e crucificados, Jesus, feito servo sofredor e condenado à vergonha da crucificação.
Quem ressuscitou não foi um César no auge de sua glória, nem um general no apogeu de seu poderio militar, nem um sábio na culminância de sua fama, nem um sumo-sacerdote com perfume de santidade. Quem ressuscitou foi um Crucificado, executado fora dos muros da cidade, como lembra a Carta aos Hebreus, quer dizer, na maior exclusão e infâmia social.
Mas foi ele que herdou as primícias da vida nova. Pois a ressurreição não é a reanimação de um cadáver como aquele de Lázaro. A ressurreição é a floração plena de todas as virtualidades latentes dentro de cada ser humano. Ela revela o sentido terminal da vida: a irradiação suprema do “homo absconditus” (o humano escondido) que agora se faz o “homo revelatus”(o humano revelado).
A ressurreição de Jesus mostrou que Deus tomou o partido dos vencidos. O algoz não triunfa sobre sua vítima. Deus ressuscitou a vítima e com isso não defraudou nossa sede por um mundo finalmente justo e fraterno que coloca a vida no centro e não o lucro e os interesses dos poderosos. Só ressuscitando os vencidos, fazemos justiça a eles e lhes devolvemos a vida roubada, vida agora transfigurada. Sem essa reconciliação com o passado perverso, a história permaneceria um enigma e até um absurdo.
Os injustamente executados voltarão, com a bandeira branca da vida. O verdadeiro sentido da ressurreição se mostra como insurreição contra as injustiças deste mundo que condena o justo e dá razão ao criminoso.
Agora pode começar uma nova história, com um horizonte aberto para um futuro promissor para a vida, para a sociedade e para a Terra. Dizem historiadores que o mundo antigo não conhecia o sorriso. Mostrava a gargalhada do deus Baco ou o riso maldoso do deus Pan. O sorriso, comentam, foi introduzido pelo Cristianismo por causa da alegria da Ressurreição. Só pode sorrir verdadeiramente quando se exorcizou o medo e se sabe que a grande palavra final é vida e não morte. O sorriso, portanto, é filho da Ressurreição que celebra a vitória da vida sobre a morte, testemunha o encantamento sobre a frustração e proclama o amor incondicional sobre a indiferença e o ódio.
Este fato é religioso é somente acessível mediante a ruptura da fé. Admitindo que a ressurreição realmente aconteceu intra-historicamente, então seu significado transcende o campo religioso. Ganha uma dimensão existencial, social e cósmica. Na expressão de Teilhard de Chardin, a ressurreição configura um “tremendous” de dimensões evolucionárias, pois representa uma revolução dentro da evolução.
Se o Cristianismo tem algo singular a testemunhar, então é isso: a ressurreição como uma antecipação do fim bom do universo e a irrupção dentro da história ainda em curso do “novissimus Adam” como São Paulo chama a Cristo: o “Adão novíssimo”. Portanto, não é a saudade de um passado mas a celebração de um presente.
Depois disso, cabe apenas se alegrar, festejar, ir pelos campos para abençoar os solos e as semeaduras como o faz ainda hoje Igreja Ortodoxa na manhã de Páscoa.Entoemos, pois, o Aleluia da vida nova que se manifestou dentro do velho mundo.
Leonardo Boff é autor A nossa ressurreição na morte (Vozes).
Sem dúvida o maior nome da teologia no Brasil.
Leonardo Boff, sempre com um modo bem peculiar de compreender Jesus Cristo e seus mistérios, ampliando-nos a consciência, alargando nossos horizontes, promovendo a Vida em Plenitude! Muitíssimo agradecido, e, até emocionado, meu prezado!!!
Querido Leonardo Boff,
Há muitos anos participei de um curso em uma igreja e voltei morrendo de medo do diabo. Eles enfatizavam muito as peripécias do capiroto e geraram pânico.
Poucos dias depois, um amigo me emprestou um livro de sua autoria, sobre o Salmo 23.
Cada página lida parecia absorver parte do meu medo, feito aqueles produtos antimofo.
Li outros livros seus. Depois, passei a segui-lo no twitter.
Houve um momento especialmente marcante: eu estava no hospital acompanhando meu tio, que estava em fase terminal de câncer. Passei a noite lendo e escrevendo. O último texto que li foi “Oficialmente velho”, que contém algumas das passagens mais poéticas que li.
Naquela mesma noite escrevi este texto abaixo. Note a diferença de estilos entre o início e o final do texto. O que aconteceu, e estou dizendo isso pela primeira vez, é que quando escrevi as últimas frases, minha alma já tinha sido afetada por seu texto. http://notasdeaprendiz.blogspot.com.br/2010/05/caldeirao-caldeiroes.html
Escrevo para dizer que o Espírito Santo costuma pegar carona nos seus textos para me trazer coragem e esperança.
Um beijo fraterno, com carinho e gratidão,
Ana Cristina Gontijo.
Ana Cristina
Ler é sempre reler a partir dos próprios olhos.E entender é sempre interpretar a partir de suas próprias experiências. É por esta razão que o leitor se faz coautor do livro que está lendo. Às vezes o leitor entende melhor a mensagem que o autor comunica pois tem mais bagagem existencial.
Fico feliz que num momento importante de sua vida o comentário do salmo 23, o mais lido de toda biblia, tambem por outros credos, a tenha inspirado e alimentado seu espírio.
Um abraço fraterno
lboff
Acordei sabendo que era Páscoa, mas foi lendo Leonardo Boff que pude ver o quanto estava errada em não sentir a alegria da Páscoa. Me vejo uma pessoa sem fé, sem essa fé religiosa, de dogmas e rituais, então pareço perdida entre precisar de Deus e me afastar por não o encontra-lo na igreja. Mas as palavras lidas e sentidas em meu coração, escritas por esse profeta irmão, me trouxe alegria e vontade de comemorar o dia de hoje; abraçando meus pais,irmãos e sorrindo pro meu filho e acreditando que Deus entende minha falta de fé, e abre seu coração e me aceita como sou, fraca, mãe, sozinha, trabalhadora e pecadora. um abraço
Perdi o primeiro comentário. Nele eu falava sobre a experiência de ler seu texto hoje. Acordei sem saber onde estava e que dia era hoje. Ao ler “A ressurreição como insurreição”, localizei-me. Hoje é o dia que representa tantos momentos em nossa vida: o hiato entre nossas mortes e nossas ressurreições. O momento da esperança. Aquele segundo em que o vagalume se apaga e esperamos que se acenda novamente. Sim, acho o vagalume uma linda metáfora da Páscoa. Seu piscar anuncia incessantemente: cada morte, uma ressurreição! Cada morte, uma ressurreição! Cada morte, uma ressurreição! (escrevi um poeminha sobre isso, deve estar em algum lugar por aqui.)
Pronto. Este pedacinho aqui deveria estar ali, juntamente com o outro comentário, entre o link do meu texto e a despedida. Tem cola ou fita adesiva aí? Cole pra mim? rsrs
Sim, a ressurreição de um cadáver é tão absurda para o mundo de hoje que devemos dar um sentido simbólico a ela e não mais o sentido material dado pela Igreja, do corpo ressuscitado e que, por isso, sumiu do túmulo.
Vencemos a morte em espírito e não em corpo, pois que corpos os materiais são perecíveis, obedecendo à leis ancestrais divinas, que são inderrogáveis, mesmo para alguém como Jesus.
Jesus nos mostra, então, que ele venceu a morte em espírito e que todos nós podemos fazer isto. E ele se mostra mesmo em espírito tangível a Tomé, para que este finalmente acredite que ele sobreviveu à morte física e que está vivo em espírito. Esta é a alegria de que Boff nos fala, a alegria possível para nós e para Jesus, que foi um homem como nós.
Alexandre,
Ressusctar em espírito é muito pouco. Nós somos seres materiais/espirituais. O fim dos caminhos de Deus, diziam os padres gregos antigos, não é espírito mas o corpo transfigurado, ressuscitado. S.Paulo lutou para encontrar uma palavra para este fenômeno novo de um corpo transfigurado e não reanimado. Chama-o de “soma pneumatikón” corpo espiritual, quer dizer, um corpo que não deixa de ser corpo mas que assumiu as caracteristicas do espírito, por isso para alem do espaço e do tempo. Com o espirito estamos nas galáxias mais distantes. O Espírito já Aristoteles o viu possui uma dimensão cosmica. Pois o Ressuscitado virou o Cristo cósmico das epistolas aos Efesios e Colosenses. Não temos palavras para um fenômeno novo. As palavras são todas do velho mundo. Dificilmente traduzem o mundo novo.
Talvez a física quântica nos poderá servir de analogia ao afirmar que cada coisa, especialmente a luz, pode ser particula material e simultaneamente onda energética. Jesus é simultaneamente homem (particula material) e Deus (onda energética). A ressurreição mostrou esse lado de pura Energia divina que vivificou o corpo.O corpo do ressuscitado é singular, pois atravessa paredes (coisa que um corpo não faz), aparece e desaparece. E ao mesmo tempo é corpo que pode passar pela prova de Tomé que o toca, que come com os discipulos e anda com eles. Mas logo desaparece. Então não se trata de um espírito e de um fantasma coisa que os textos das aparições descartam.
Nós inteiros como espiritos encarnados na matéria paraticiparemos do quadro final da criação que é a transfiguração espiritual e corporal de nossa realidade.
Um abraço
lboff
Boff, cada vez que leio seus artigos, textos, cds e livros, fico encantada com um Deus cada vez mais próximo de nós enquanto seres humanos. Com isso, também tenho a certeza de que muitos querem uma realidade diferente, ou seja uma Ressurreição do verdadeiro Cristo. Querido irmão em Cristo Deus o abenções sempre!!! Edna – Sumaré (SP)
Isso poderia dizer de corpo e alma o que aconteceu com Maria?
E quando você fala cósmico é o paraíso?
Muito bom o texto !!!
A frase “A ressurreição de Jesus mostrou que Deus tomou o partido dos vencidos.
O algoz não triunfa sobre sua vítima”. Me tira o gosto amargo da injustiça da boca, na véspera do dia em que muitas vão adoçar suas bocas com chocolate,
enquanto nossos irmãos em Cristo no Sudão, perdem o direito de viver na terra onde nasceram. Banidos, excluídos, por conta de sua fé. Obrigado Mestre Leonardo! Obrigado mesmo!
Léo que texto animador. A ressurreição de Jesus renova minha esperança, mas ao mesmo tempo, em sua morte, vi sinais de vitoria. Quando Ele disse “Esta consumado!”, para mim não pareceu o brado de um derrotado entregando suas forças, mas “Tetelestai!” foi paga sua vergonha, divida, desonra… A missão de anunciar as boas novas e manifestar a Zoe foi completada! Esperança para o escravizado, explorado e pobre… Mas também um “sim” do Pai para todo aquele sem vida.
Feliz Páscoa! Valentim
Eu só espero que a Igreja Ortodoxa que cultiva a Alegria hoje, não incentive mais o ódio pelo “amor ao igual”, como eles têm feito em São Petersburgo, incentivando leis que violam os direitos dos gays se expressarem. Contudo, mesmo não sendo mais cristão, ainda tenho esperança de ver um Papa acolhendo-nos verdadeiramente não como moeda de troca, mas porque seria assim que Jesus nos acolheria. Sonho, inestimável sonho, mas poetas são sonhadores e aquele grito que emana da sociedade, que possamos escutar e provocar mudanças, não perdi a fé na nossa humanidade.
Querido Leonardo Boff,
Ler este texto me trouxe uma pontinha de esperança em continuar a acreditar na vida de comunidade, na construção de uma Igreja que segue uma lógica diferente da do mercado, do poderio financeiro. Ver a pequena comunidade de base, na qual cresci, ser engolida por uma estrutura paroquial centralizadora é muito difícil para quem já viveu momentos muito semelhantes às primeiras comunidades descritas nos Atos dos Apóstolos. Vou para a Vigília Pascal na esperança de que o Cristo Ressuscitado seja a luz que não me deixa esmorecer na defesa dos pequenos.
DE UMA FORMA INTELEGÍVEL LEONARDO, NOS PASSA CONHECIMENTOS, FICO FELIZ!
Lendo seus textos nesta Páscoa, aprendi que a Ressureição de Cristo só confirma que buscar o Reino de Deus e Sua justiça nunca será em vão, pois Ele sempre triunfará sobre estruturas de morte.
Feliz Páscoa e muita paz, saúde e luz na sua caminhada!
Reblogged this on Deivis Macêdoe comentado:
Vale muito mesmo.
Leonardo Boff nos apresenta uma nova perspectiva da ressurreição. Uma visão que faz-nos relembrar o motivo da nossa esperança: Cristo, Deus que põe seus pés na nossa história para tomar partido dos vencidos.
Aleluia, nossa esperança vive!
Obrigado Mestre.Esse textos nos faz refletir uma outra perspectiva da ressurreição.
Uma visão que faz-nos relembrar o motivo da nossa esperança: Cristo, Deus que põe seus pés na nossa história para tomar partido dos vencidos. Aleluia, nossa esperança vive!
Não é só a história companheiro Leonardo Boff, as notícias atualizadas divulgadas na grande mídia muitas vezes também é mostrado o lado vencedor ou o lado mais forte. O 11 de setembro, por exemplo, as vitimas foram apenas estrangeiros e norte americanos de classe média e assim mesmo tem gente que acha que isso foi verdade.
No caso de Jesus, ele hoje provavelmente não seria aceito numa sociedade capitalista que valoriza mais o estético do que o ético. É por isso que eu vou na missa aos domingos, mas me identifico é com a TL.
O que mais me agrada na sua perspectiva é que vc (se posso chamá-lo assim sem perder o respeito) consegue fazer o que diz. Assim como está explicando que o sentido da ressurreição é a união do corpo com o espírito, sua interpretação fala de uma perspectiva de união da teoria e da prática. O que mais me desespera nas religiões, nas filosofias e nas psicologias é a incapacidade de tornar as reflexões e compreensões, experiências reais de vida. A vida é uma experiência total, o tal estado presente, e para tanto temos que tornar carne, fazer correr no sangue nossas teses. A religião dogmática, da qual percebo que vc se afasta, estabelece uma distância intransponível entre o corpo e o espírito. E portanto a ressurreição é apenas uma manifestação transcendente e comprovação de que Jesus era Deus e não homem. Enquanto que o fantástico dessa metáfora é compreendê-lo como homem, na sua simplicidade, na sua fragilidade humana que em nada “briga” com a divindade que habita em nele. Quando vc coloca Jesus nessa dimensão social, quando destrói os limites entre religião e sociologia, entre ato religioso e ato social, aí sim vc consegue tornar espírito em carne, teoria em prática, metafísica em física, etc, etc.
Belíssima sua perspectiva de homem e de deus! A palavra que me soava enquanto lia era Humanista. Vc dá glória a essa perspectiva humanista da história, do pensar. Não o humanismo histórico, mas aquele que sonhamos um dia ser: o homem que pensa com o coração, generoso com nossa fragilidade e ao mesmo tempo nos chamando para a ação. Neste seu Jesus ressuscitado somos impelidos a agir, a acreditar na ação social, coletiva, generosa, solidária. E como deuses fazermos a escolha pelo homem e não pelo poder, porque como dizia Jung, somos todos os personagens nesse sonho: Jesus, Judas, Maria, Cesar e, porque não, Deus.
Grata
Dani Nefussi
Muito obrigada, mais uma vez, por tamanha generosidade, Leonardo Boff. Agradeço também pelos comentários acima. Me alegra saber que há que leia e reflita sobre seus lúcidos textos.
Leonardo Boff, sua sabedoria e a sensibilidade que escreve sobre a fé motiva muitas pessoas a encontrar alegria em meios as amarras da igreja. Leio muito os seus artigos e tem um livro seu, “Saber cuidar” que me inspiro muito. No dia 21/03 quando você fez a Palestra do Lançamento da Pastoral Universitária na UFES aqui em vitória, onde desde o dia 16/03 estou no Hospital acompanhando minha esposa que está internada até o momento lembrei da definição de cuidado, contida no seu livro:
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.”
Fiquei ruminando essa definição isso e quase que não fui a UFES para assistir sua Palestra, por isso em um último momento decidi e cheguei atrasado, porém voltei logo e não pude ficar para o debate.
Enfim gostaria de agradece-lo pela experiência inspiradora que nos proporciona com sua escrita cheia de Razão, fé e sensibiidade.
Parabéns pela lúcida reflexão.
Leonardo Boff
Valeu!!!
odeciomendesrocha philosopher
O sorriso de Sara foi, então, a temporal, o anúncio profético da ressureição de uma nova humanidade, através da ressureição de um ventre amortecido.
Bellissima riflessione. Riassume tutto ciò in cui ho sempre creduto. Tanti tantissimi auguri di buona Pasqua dalla mia Italia.
Cristo è risorto, è veramente risorto. Auguri.
Amo a ideia do Cristo ressuscitado, é um parâmetro que levo em minha vida diariamente, pois numa sociedade como a que vivenciamos hoje sinto a necessidade de renascer a cada manhã, para pelejar pela própria vida. Me sinto traído pelo poder publico por cada merenda escolar que esses abutres corrompem, me sinto violentado e morto por cada tiro seja da polícia ou de civil que invista contra a vida, então nessa atual condição da sociedade é imprescindível aos humanos ressuscitarmos ou cairmos na lógica dos “vencedores” “compradores” “usurpadores” de nossa história, o Cristo vivo é mais que esperança é a certeza da justa vingança.
A Páscoa já passou, mas deixo meu recado…
Realmente, a grande singularidade do Cristianismo é a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, que desceu ao mundo para revelar o amor gratuito de Deus, mesmo aos “ingratos e maus”, e assumir “o castigo que nos trouxe a paz”. A Graça de Deus, pela qual, como filhos pródigos desejosos de retornar à vida junto ao Pai, somos recebidos com uma grande festa, em alegria e comunhão, sem lugar para culpa ou medo, para mim sempre será um grande mistério que me enche de profundas esperanças nas lutas dessa breve vida.
Obrigado, Boff, por estes textos que nos trazem fé, esperança e amor (sendo o maior deles o amor).
Abs
Prezado irmão na fé Leonardo Boff,
Seu texto traz a leveza de um sopro do Espírito Santo, e ao mesmo tempo a revelação da verdade que sómente esta Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, como menbro dessa família Triúna Exclusiva pode nos trazer.
É uma reflexão doce, mas ao mesmo tempo profunda, que toca a alma, e agradeço a Deus por sua vida e pela maneira que Ele o usa, pois voce tem sido olhos e ouvidos atentos à perversões e injustiças que grassam por aí.
Sinto-me encorajado por ler isso, reflexo de sua mente e alma, e embora Pastor evangélico (de Igreja histórica), irmano-me com voce na busca de proclamar o Evangelho, sendo Sal e Luz, conforme os ditos do Semão do Monte!
Saúde e Paz!
Soli Deo Gloria
Pr. Sylvio Namour
Col. 1:11
Sem problemas, fico no aguardo. Grato.
Tinha pensado nesta ideia da ressurreição na vida de cada um, hoje. Procurando, então, uma literatura sobre isso, encontrei seu livro, que ainda não tenho.Por falta dele, procurei um texto seu na internet e encontrei-o aqui. Está escrito tudo o que eu (e todos) precisava conhecer. Mas o livro, encontro amanhã. Minha vida já é outra, com muito mais esperança.Gratíssima.
Republicou isso em PASO A LA UTOPÍA.
Muito bom o texto. A referência ao sorriso, não histórica presumo, veio de onde? Gostaria de citar. Abraços!