A crise do neoliberalismo atingiu o coração dos países centrais que se arrogavam o direito de conduzir não só os processos econômico-financeiros mas o própirio curso da história humana. A crise é da ideologia política do Estado mínimo e das privatizações dos bens públicos mas também do modo de produção capitalista, extremamente exacerbado pela concentração de poder como nunca se viu antes na história. Estimamos que esta crise possui caráter sistêmico e terminal.
Sempre o gênio do capaitalismo encontrava saídas para seu propósito de acumulação ilimitada. Para isso usava todos os meios, inclusive a guerra. Ganhava destruindo e ganhava reconstruindo. A crise de 1929 se resolveu não pela via da economia mas pela via da Segunda Guerra Mundial. Esse recurso agora parece impraticável, pois as guerras são tão destrutivas que poderiam exterminar a vida humana e grande parte da biosfera. E não estamos seguros de que em sua insanidade, o capitalismo não use até este meio.
Desta vez surgem dois limites intransponíveis, o que justifica dizer que o capitalismo está concluindo seu papel histórico. O primeiro é o mundo cheio, quer dizer, o capitalismo ocupou todos os espaços para sua expansão em nível planetário. O outro, verdadeiramente intransponível, é o limite do planeta Terra. Seus bens e serviços são limitados e muitos não renovéis.
Não sabemos como vamos nutrir a máquina capitalista quando as energias fósseis atingirem um ponto crítico ou simplesmente se esgotarem. A escassez de água potável pode colocar a Humanidade face a uma dizimação de milhões de vidas.
Os controles e as regulações propostas até agora foram simplesmente ignoradas. A Comissão das Nações Unidas sobre a Crise Financeira e Monetária Internacional, cujo coordenador era o prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz (chamada de Comissão Stiglitz) empreendeu grande esforço, para, a partir de janeiro de 2009, apresentar reformas intrasistêmicas de cunho keneysiano.
Ai se propunha uma reforma dos organismos financeiros internaconais (FMI, Banco Mundial) e da OMC (Organização Mundial do Comércio). Previa-se a criação de um Conselho de Coordenação Econômica Global no mesmo nível que o Conselho de Segurança, a constituição de um sistema de reservas globais, para contrabalançar a hegemonia do dólar como moeda de referência, a instituição de uma fiscalização internacional, a abolição os paraísos fiscais e do segredo bancário e, por fim, uma reforma das agências de certificação. Tudo foi rejeitado. A ONU acolheu apenas a constituição permanente de um Grupo de Experts de Prevenção das Crises, que ninguém lhe dá importância porque o que realmente conta são as bolsas e a especulação financeira.
Esta constatação decepcionante nos convence de que a lógica deste sistema hegemônico pode tornar o planeta não mais amigável para nós, nos levar a catástrofes sócio-ecológicas tão graves a ponto de ameaçar nossa civilização e a espécie humana. O certo é que este tipo de capitalismo que na Rio+20 se revestiu de verde com o intuito de colocar preço em todos os bens e serviços naturais e comuns da Humanidade, não tem condições a médio e a longo prazo de garantir sua hegemonia. Outra forma de habitar o planeta Terra e de utilização de seus bens e serviços deverá surgir.
O grande desafio é como processar a transição rumo um mundo pós-capitalista liberal, entendido como sistema social que se oriente pelo Bem Comum da Humanidade e da Terra, sistema de sustentação de toda vida que expresse nova relação de pertença e de sinergia com a natureza e com a Terra.
Produzir é preciso, mas respeitando o alcance e os limites de cada ecossistema, não meramente para acumular mas para atender, de forma suficiente e decente, as demandas humanas. Importa ainda cuidar de todas as formas de vida e buscar o equilíbrio social, sem deixar de pensar nas futuras gerações que têm direito à uma Terra preservada e habitável.
Não cabe neste espaço aventar alternativas em curso. Ater-nos-emos ao que é possível fazer intrasistemicamente, já que não há como sair dele proximamente.
Assistimos ao fato de que a América Latina e o Brasil, na divisão internacional do trabalho, são condenados a exportar minérios e commodities, bens naturais como alimentos, grãos e carnes. Para fazer frente a este tipo de imposição, deveríamos seguir passos já sugeridos por vários analistas especialmente por um grande amigo do Brasil François Houtart no seu recente livro com outros colaboradores: Un paradigma poscapitalista:el Bien Común de la Humanidad (Panamá 2012).
Em primeiro lugar, dentro do sistema, lutar por normas ecológicas e regulações internacionais que cuidem o mais possível dos bens e serviços naturais importados de nossos países; que tratem de sua utilização de forma socialmente responsável e ecologicamente correta. A soja é para alimentar primeiramente gente e só depois animais.
Em segundo lugar, cuidar de nossa autonomia, recusando o neocolonialismo dos países do Centro que nos mantém, com outrora, na Periferia, subalternos, agregados e meros supridores do que lhes falta em bens naturais. Antes, devemos cuidar de incorporar tecnologias que dêem valor agregado aos nossos produtos, criemos inovações tecnológicas e orientemos a economia, primeiro, para o mercado interno e depois para o externo.
Em terceiro lugar, exigir dos países importadores que poluam o menos possível em seus ambientes e que contribuam financeiramente para o cuidado e regeneração ecológica dos ecossistemas de onde importam os bens naturais especialmente da região amazônica e do cerrado.
Trata-se de reformas e não ainda de revoluções. Mas ajudam a criar as bases para propor um outro paradigma que não seja o prolongamento do atual.
*Leonardo Boff é teólogo e filósofo, dr.h.causa em política pela Universidade de Turim.
E’ complicado afirmar que o capitalismo esta’ em sua fase terminal. A verdade e’ que essa e’ uma afirmacao impossivel de se fazer em qualquer conjuntura historica. Ninguem sabe o que vira’ pela frente, seja nesta crise ou em outras possiveis no futuro. Mas a verdade e’ que o capitalismo vive de bolhas. A proxima nao poderia advir de inovacoes tecnologicas no sentido de produzir uma economia verde? Tai uma pergunta para a qual ainda nao temos resposta…
Dear Leonardo Boff
Maybe this will be the last time I will write to you, I have posted several posts and arrived to some conclusions because you answered just two, if so :
-or you can´t answer it;
-or you don´t want to;
-or you just did´nt saw the connections.
Jose Severiano
Bye
Gostei muito do texto, Boff. Um dia acho que o Brasil terá que reagir às imposições feitas pelos países importadores. Mas você acha que o Brasil sozinho teria condições de cobrar alguma coisa dessas nações, como os Estados Unidos? Você acha possível que os países da América Latina um dia se unam para questionar esse panorama que vemos hoje?
Um abraço
Leonardo Boff
Sinto muito em dizer-te que teu discurso já esgotou-se há tempo.
Procure ler “A Política DA libertação” (3 vols.) de Enrique Dussel. Talvez fique mais informado. Você já leu os GRUNDRISSE de Karl Marx? Obra desconhecida e mal interpretada durante dezenas de anos.
No dia que você notar que está perdendo audiência, talvez acorde.
odeciomendesrocha philosopher
Caro Leonardo outro dia escrevi uma sugestão a Presidenta DIlma:
O QUE FAZER?
MINHA SUGESTÃO A PRESIDENTA DILMA ROUSSEF
PROJETO DE REPATRIAÇÃO E PERDÃO FISCAL
Objetivo:
Trazer de volta ao Brasil 520 Bilhões de dólares que estão ancorados em Paraísos Fiscais.
Origem do Dinheiro:
Sonegação de Impostos, Corrupção, Caixa Dois entre outros.
Prazo para Repatriação:
2(dois) Anos
Estratégia:
Criar um Programa de Investimentos em Infraestrutura e Oportunidades de Negócios no Brasil
Programa:
Janelas de Investimentos com Responsabilidade Social
Beneficiários:
Povo Brasileiro – Geração de Empregos – Oportunidades de Negócios – Fortalecimento do Terceiro Setor
Como?
Os capitais repatriados seriam internalizados no Brasil via Banco Central vinculados e monitorado em aplicações nas Janelas Sociais previamente estabelecidas pelo Governo Brasileiro.
Ou seja, a criação de um Paraíso Fiscal do Bem que vise o desenvolvimento onde o Governo Brasileiro concede o Perdão Fiscal condicionado à aplicação dos recursos em áreas estratégicas as chamadas Janelas de Investimentos com Responsabilidade Social.
Janelas de Investimentos:
Educação e Pesquisa – Saúde – Saneamento Básico – Gestão e Investimentos Culturais – Turismo – Inovação Alternativa a favor do Futuro – Malhas Rodoviárias – Metrôs – Estradas de Ferro – Vias Fluviais – Navegação de Cabotagem – Energias Limpas: Eólicas, Solar, Das Marés, Biogás, Biocombustíveis – Recuperação do Meio Ambiente – Minha Casa Minha Vida – Entre outras
Contrapartida dos Investidores:
Potencialização do Terceiro Setor
Destinação de uma quota parte ao Terceiro Setor (Comunidades Terapêuticas, Idosos e Creches)
Por que Repatriar e Conceder Perdão Fiscal?
1. As janelas de desenvolvimento social, são um inegável avanço para o crescimento e desenvolvimento do país;
2. A fruição do capital brasileiro depositado nos paraísos fiscais que rendem juros para países estrangeiros, inclusive pagos por empresários brasileiros quando tomam empréstimos internacionais, passará de capital especulativo em outros países a investimento dentro do espaço nacional beneficiando diretamente o povo brasileiro.
Roberto Machado
Este discurso está atrasado por 10/15 anos.
Não existe mais neoliberalismo, devido os protecionismo da nações. Não existe mais capitalismo como discurso, salvo em nações atrasadas onde ainda há extração e expropriação da mais-valia, devido ao atraso da tecnologia – a microeletrônica.
Enquanto estamos pensamos uma Política mais avançada, vemos ainda escudão em Leonardo Boff. Será que é sua equipe que está elaborando estes medievais artigos?
odeciomendesrocha philosopher
Caro Odeciomendesrocha
Não me causa muito espanto. Analise o blog, Leonardo Boff não responde a praticamente nada de relevante realmente, o que publica (com o respeito devido ao LB) parece que está desconectado da realidade que vivenciamos, não tem (não sei se porque o que escreve ou porventura responda é censurado ???, talvez porque esteja hospedado no .com) a coragem de citar mega-empresas que estão se apoderando dos governos e dos países (é o caso do império, as transnacionais mandam no pais o “presidente” é um simples representante ou vendedor se você quiser).
Veja o caso da mega-empresa, transnacional MONSANTO, uma empresa genocida.
Quanto ao neoliberalismo, você tem razão, foi um fracasso estrondoso, nenhum país com juízo suficiente o sustenta.
Caro Leonardo Boff
Sempre acompanhei e perguntei sobre você, um de seus livros Oração de São Francisco é meu livro de cabeceira, te tomava como referencial, mas você não sabe qual a decepção (não importa o que tenha escrito) que participar deste blog é grande.
Você admoesta ao império como se estivesse dando uma simples palmadinha numa criança levada e não vai a fundo. Guerra também é extremamente poluente e anti-ecológica, também, não se esqueça nunca disso.
Abaixo vai um texto que espero que leia e reflita sobre o mesmo.
“As autoridades israelenses distribuíram folhetos para ou em todo o país, a fim de tranquilizar, mas também a preparar a população para uma possível guerra com o Irã . O texto diz que os cidadãos teriam 30 segundos a três minutos para retirada de sereias que sonasen até a ocorrência do impacto dos foguetes.
O livreto, que tem 15 páginas e foi enviado pelo correio, ensina como preparar o quarto de segurança de Israel ou um abrigo de emergência.
Na capa do folheto mostra um sorridente Moishe Oofnik, a versão israelense do personagem da série infantil de televisão chamado Sesame Street Oscar da Grouch, deixando a lata de lixo onde ele vive. Dentro da circular, Moishe Oofnik aparece pensativo, a cabeça apoiada sobre a mão sob o texto que dá instruções sobre o que fazer quando o som das sirenes.
As declarações feitas por vários membros das autoridades israelitas, nas últimas semanas sugerem que Israel poderia atacar logo desenvolve instalações onde o programa nuclear do Irã, que considera uma ameaça à sua existência. Vários ministros disseram que até 500 civis podem morrer na guerra que seria desencadeada pelo ataque contra o Irã.
O documento recomenda que os israelenses tenham uma “conversa em família” sobre como se preparar para uma eventual emergência nacional. “Eles devem encontrar tempo para ter essa conversa quando não comer ou enquanto assiste TV. Também não se deve falar depois de uma discussão familiar quando estão nervosas ou qualquer outra coisa que lhe diz respeito “, diz ele.
Uma fonte militar israelense indicou segunda-feira que o folheto é parte de uma campanha de sensibilização que ocorre regularmente e também inclui dicas sobre o que fazer se ocorrer um terremoto.
“Há sempre coisas novas que as pessoas devem saber, não significa que algo vai acontecer hoje, amanhã ou no dia seguinte”, esclareceu ele. No entanto, há várias semanas, as autoridades do Estado judeu aumentou a distribuição de máscaras de gás e outros protetores.
O governo iraniano diz que seu programa nuclear não tem a intenção de fazer bombas e advertiu que responderá com força a um possível ataque. Israel teme que, nessa situação, Teerã-aliados de grupos como os militantes libaneses do Hezbollah partido milícias ou palestino da Faixa de Gaza para disparar foguetes contra o seu território.”
Saiba que quando post o texto acima acrescento ainda que 60% (sessenta por cento) da população menos privilegiada de Israel é contra qualquer atitude acima citada.
Netanyahu e Yehud Barack são dois pusilânimes.
E se está cumprindo o que Bush filho disse durante um de seus mandatos :
“Os EUA resolvem seus problemas econômicos vendendo armas.”
O império fechou o maior contrato da história, vendeu para seus asseclas na região cerca de 132 bilhões em armas.
Espero que o que se configura acima não venha a ocorrer, de todo coração.
Alguém neste blog disse que você perderá a maior parte de seus seguidores e acho que é verdade.
Este planeta tem condições sim de manter os atuais 7 bilhões de habitantes o que deve ocorrer é a divisão eqüinânime dos recursos, é impossível que se continue o modelo atual em que um único pais de 300 milhões de habitantes consuma 25% dos recursos do mundo.
O senhor fica no ideário “post festum” e só.
Lamento profundamente.
Só mais uma :
Presença de militares dos EUA levanta suspeitas no Paraguai
25 de agosto de 2012 • 23h09 • atualizado em 28 de agosto de 2012 às 17h39
Reduzir
Normal
Aumentar
Imprimir
Notícia
Foto de 14 de junho deste ano mostra soldados americanos no interior da embaixada dos EUA em Assunção
Foto: U.S. Army/Divulgação
Comentar1024
CARLOS OHARA
Direto de Assunção
Analistas geopolíticos da América do Sul estão apreensivos com a situação do Paraguai, principalmente pela relação do país latino com os Estados Unidos. A intensificação de atividades rotuladas como “humanitárias” e de “cooperação” da embaixada americana em Assunção e a regularidade de visitas de militares ianques de alta patente ao país são dois dos principais motivos.
A adoção de posições antagônicas a acordos firmados e um clima de animosidade com países membros do Mercosul, bloco do qual o Paraguai está suspenso até a realização das eleições presidenciais em 2013, também entram nessa lista. Os analistas entendem que a maior aproximação do governo Federico Franco com os americanos após a destituição de Fernando Lugo tem como pressuposto a instalação de uma base militar dos Estados Unidos em território paraguaio.
A intenção seria a ocupação de um aeroporto internacional construído no vilarejo de Mariscal Estigarribia, de apenas três mil habitantes, na região do Chaco paraguaio. O local em questão está em uma área quase despovoada e conta com uma estrutura superdimensionada. Com 3,5 km de extensão por 40 m de largura, a pista está dotada de radar, sistema de aterrissagem noturna, bombas de reabastecimento e hangares de grande porte.
Especialistas do setor afirmam que o local está apto para pousos e decolagens de grandes aeronaves existentes na frota americana para transporte de tropas e de material militar. A força aérea paraguaia não teria aviões de envergadura para uso da pista.
De acordo o argentino Carlos Pereyra Mele, professor da Universidade Nacional da Patagônia e especialista em geopolítica da América do Sul, os Estados Unidos – os primeiros a reconhecer o novo governo do Paraguai pós-Lugo – “têm interesse na manutenção de sua hegemonia na região, em detrimento de uma integração latino-americana”. No entendimento do docente, o estabelecimento da suposta base permitiria maior proximidade com os países sul-americanos e respostas imediatas na hipótese de confrontos, devido a sua localização geográfica estratégica.
Outras justificativas, segundo Mele, seriam permitir o acesso americano ao Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água potável do mundo, e facilitar as ações de órgãos de segurança dos Estados Unidos – como o Departamento Federal de Investigação (FBI) e a Agência Central de Inteligência (CIA) – na área da tríplice fronteira, apontada pelos militares ianques como reduto de células terroristas do Hezbollah, do Hamas e da Al-Qaeda.
Na mesma linha de Mele, a jornalista argentina e conferencista internacional Stella Calloni, especializada em análise geopolítica, afirma, em artigo publicado em junho em jornais da América Latina, que militares do Comando Sul das forças armadas americanas estão estabelecendo pontos de observação na tríplice fronteira em solo paraguaio. Segundo ela, quartéis paraguaios da região estão preparados com infraestrutura para receber tropas americanas.
Nos locais, alerta Stella, já foram perfurados poços artesianos para extração de água potável do Aquífero Guarani. A jornalista afirma que os poços foram abertos com a justificativa de um suposto atendimento a camponeses paraguaios, que não recebem a água. De acordo com ela, as perfurações estão localizadas em áreas despovoadas.
Stella vai mais além e sustenta que um grupo de cerca de 400 militares americanos se revezam em atividades no território paraguaio e possuem imunidade, aprovada pelo governo local em 2005 e revalidada automaticamente. A jornalista conhece bem a política paraguaia e mantém fontes entre militares e políticos desde a década de 70, sendo autora de vários livros sobre o assunto.
Um jornalista paraguaio que realiza a cobertura diária do palácio presidencial disse que, após a queda Lugo, vários militares americanos desembarcaram em Assunção, sem muitas explicações sobre o motivo da presença deles no país. O jornalista, que preferiu não ser identificado, disse que os militares não ficaram na capital. Ele não soube informar o destino deles.
Desmentidos
A suposta pretensão americana e os motivos apontados pelos analistas não são novos e já são alardeados pela imprensa internacional há quase uma década, em alguns casos tratados como teorias de conspiração. A embaixada dos EUA em Assunção chegou a criar uma seção em sua página na internet sob o título “Rumores e Desinformação”, desmentindo os supostos interesses.
O informe afirma que “os Estados Unidos não têm planos para uma base militar no Paraguai, não pediram ao governo paraguaio uma base na região, e não têm intenções de enviar soldados ao país”. Os desmentidos da embaixada afirmam ainda que “os EUA não apoiam nenhum setor político do Paraguai e nem realizam doações disfarçadas a organizações não governamentais para apoiar objetivos políticos”.
O texto também aborda o suposto interesse pelo controle do Aquífero Guarani e diz que “os Estados Unidos não têm nenhum interesse no aquífero”, justificando que “existem abundantes recursos de água no país e que a ideia de transportar a água do local para a América do Norte é absurda”. Oficialmente, a embaixada afirma que “o governo dos Estados Unidos não se intromete em assuntos internos do Paraguai e crê firmemente que são os paraguaios quem devem decidir sobre decisões e o rumo do país”.
A embaixada desmente, ainda, a suposta imunidade para soldados americanos em território paraguaio, afirmando que “o congresso paraguaio estendeu aos militares uma categoria equivalente à concedida a funcionários administrativos e técnicos da embaixada”. A medida, segundo a nota da embaixada, está de acordo com a Convenção de Viena. “Este acordo não outorga nenhuma imunidade nas jurisdições civil e administrativa do país anfitrião por atos cometidos fora do âmbito de seus deveres”, diz o texto. O governo do Paraguai também nega a instalação da base. José Félix Fernández, ministro de Relações Exteriores do país, diz que “não existem planos oficiais neste sentido” e que “não existe nenhuma conversação a respeito”. No Brasil, o ministro da Defesa, Celso Amorim, classificou como “esdrúxula” a hipótese, e afirmou que, caso se concretizasse a instalação, “resultaria no isolamento de longo prazo do Paraguai.”
Fatos
Apesar das negativas oficiais, analistas, jornalistas e militares do Brasil, Argentina e Paraguai ouvidos pelo Terra alertam para ocorrência de vários fatos, após a posse de Franco, que evidenciam, na opinião deles, que os alegados “rumores” e desmentidos podem conter informações verdadeiras.
No final de junho, o deputado José Gregorio López Chavez, presidente da comissão de Defesa da Câmara dos Deputados do Paraguai, informou que manteve conversas com generais dos Estados Unidos para negociar a instalação de uma base militar no Chaco, região ocidental do Paraguai. O encontro com os militares americanos teria ocorrido em Assunção.
Em entrevista ao Terra, Chaves disse que as conversas ocorreram “informalmente entre políticos e militares”. Ele defende a presença americana no país vizinho ao Brasil, e diz que pretende mobilizar o congresso paraguaio para pedir ao presidente Franco a instalação da base.
O deputado acredita que os EUA podem contribuir com o Paraguai na luta contra a guerrilha e o narcotráfico. Em junho, quando revelou o diálogo com os americanos, o deputado alegou que “a Bolívia está realizando uma corrida armamentista e que o Paraguai precisa proteger essa área pouco povoada do país”, referindo a ocupação do aeroporto Mariscal Estigarribia, localizado no Chaco paraguaio, a cerca de 200 km da Bolívia. O congressista sustenta que os paraguaios têm o direito de escolher seus aliados. “Se a Bolívia pode receber apoio da Venezuela, porque os paraguaios não podem estar aliados com os americanos?”, perguntou.
A tese de Chaves é a mesma defendida pela ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García de Arnold. Indagada pela imprensa local, na semana passada, sobre a possibilidade de uma aliança militar com os EUA, ela disse que “o Paraguai deve ter mobilidade suficiente para realizar alianças estratégicas com países que lhe dê as mãos que o façam sócio em igualde de condições e oportunidades”. Ainda em junho, o embaixador americano no Paraguai, James Thessin, esteve em Ciudad Del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, para se encontrar com o governador de Alto Paraná, Nelson Aguinagalde. Após uma reunião fechada em um hotel da cidade, Aguinagalde disse a jornalistas que Thessin solicitou detalhes sobre a comunidade árabe local e informações sobre o tráfico de drogas na fronteira.
A presença de Thessin em Ciudad del Este surpreendeu autoridades locais. Antes de assumir a embaixada dos EUA no Paraguai, no final de 2011, Thessin atuou por três décadas no Departamento de Estado, onde desempenhou a função de conselheiro de Assuntos Políticos e Militares.
Na mesma época, Thessin esteve na região do Chaco paraguaio. Acompanhado de médicos e dentistas militares do exército americano, ele participou de uma campanha de vacinação e atendimento médico à população da área. De acordo com nota da embaixada, a ação alcançou os objetivos de “apoio à capacitação de militares paraguaios, facilitar a coordenação entre instituições do governo do Paraguai e colaborar com o governo para prover serviços onde estes sejam necessários”. Na região visitada por Thessin está instalado o aeroporto internacional Dr. Luiz Maria Argana, uma estrutura superdimensionada para a realidade da força aérea paraguaia.
Em agosto, oficiais das forças armadas americanas teriam se deslocado até a fronteira, em companhia de militares paraguaios, para registrar a movimentação de tropas brasileiras na Operação Ágata 5. Um graduado militar brasileiro que participou da operação, encerrada nesta semana, relatou que os americanos teriam permanecido em solo paraguaio. A presença deles teria sido detectada nas regiões entre Foz do Iguaçu e Guaíra, no Oeste do Paraná. Em nota, o Ministério da Defesa informou que não houve comunicação oficial sobre o fato.
No entanto, assessores do órgão disseram que a suposta presença de americanos na região não representou qualquer risco ao Brasil. Não havia segredos militares que pudessem ser registrados e a presença americana teria ocorrido do lado paraguaio, não podendo ser caracterizada como espionagem.
No mesmo período, soldados paraguaios participaram de exercícios militares no Canal do Panamá, em uma operação liderada pelo Comando Sul das Forças Navais e pela 4ª Frota dos EUA. Denominado Panamax 2012, os exercícios são realizados anualmente e neste ano contou com representantes de Belize, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, França, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, além dos EUA que patrocina a operação. O Paraguai esteve afastado do Panamax desde 2009, época em que Lugo presidiu o país.
Devem ter vindo ao Paraguay para turismo fardado ???
-Lugo é deposto;
-voltam os reacionários;
-militares do império logo aparece….
Caro Leonardo Boff
“A verdade por trás do escudo antimísseis
29 DE AGOSTO DE 2012 8 COMENTÁRIOS
Por Pedro Núñez Mosquera *
A notícia não é nova, mas ela vem e vai, muitas vezes, mesmo quando a grande mídia informação globalizada não apresentou em sua verdadeira dimensão: Estados Unidos e seus aliados, incluindo Israel, desenvolver planos para estabelecer “escudo antimísseis” na Europa, na Ásia e no Oriente Médio.
A idéia de sistemas de defesa antimísseis, vulgarmente conhecido como “escudo antimísseis”, faz parte da corrida armamentista e muito tempo, e surgiu nos Estados Unidos na década de 1940, concebido como um mecanismo para proteger o território desse país de um ataque com armas nucleares, mesmo em uma época em que só os Estados Unidos possuíam tais armas.
Como os Estados Unidos testou com sucesso uma arma nuclear em 1945, que foi seguido pelo teste nuclear na União Soviética, em 1949, e por sucessivas espiral na corrida armamentista, o projeto do escudo antimísseis, com diferentes variantes, sempre esteve presente. Na verdade, a decisão da União Soviética e os Estados Unidos assinaram em 1972 Tratado ABM, especificamente destinado não só para proteger o território dos dois países, mas também para limitar a produção e implantação deste tipo de sistema, na crença de que o seu proprietário pode ser estimulado a lidar um primeiro ataque com armas nucleares.
É isso o que explica o Tratado ABM, mais comumente conhecido como Tratado ABM, limitando a implantação desses “escudos” para apenas duas áreas em cada país e nem todos os do território, com uma gama de alcance limitado, e com um número de jarros. Em 1974, durante a década de “relaxamento”, os EUA ea União Soviética concordou em limitar as áreas “protegidas” apenas um em cada país. Tal era a importância e relevância que concedeu o Tratado ABM.
A idéia de defesa de mísseis, porém, reapareceu de repente, com grande força e grande publicidade nos Estados Unidos em 23 de março de 1983, quando o presidente Ronald Reagan anunciou na televisão em seu país sua “Iniciativa de Defesa Estratégica” vulgarmente conhecido como “Star Wars”, que, em essência, propôs a criação de um grande guarda-chuva nuclear que pode detectar e destruir todos os mísseis destinados a qualquer parte do território dos EUA.
Uma conseqüência imediata desta proposta foi a de aumentar o orçamento militar dos Estados Unidos, sob o pretexto de pesquisa e desenvolvimento consideravelmente inchou os cofres das grandes empresas americanas envolvidas no setor. Do ponto de vista militar, a iniciativa, que logo atraiu a rejeição de amplos setores em todo o mundo, representou uma mudança radical de estratégia na política seguida pelos Estados Unidos contra a União Soviética, desde o início da Guerra Fria, porque sua implementação poderia destruir os fundamentos da dissuasão nuclear, que tinha prevalecido até então na soviético-americanas relações, a fim de evitar o primeiro uso de armas nucleares e de destruição mútua assegurada (MAD). Esta destruição mutuamente assegurada, eo interesse em evitar o primeiro uso de armas nucleares por qualquer das partes, estavam na raiz do Tratado ABM.
A “iniciativa” Reaganeana, que entre outras coisas prevê o desenvolvimento de bancos de dados espaciais e adversários a laser de satélites para interceptar mísseis no espaço, foi muito criticado na época. Em 1987, durante o segundo mandato de Reagan, apareceu um estudo realizado por um grupo de especialistas da Sociedade Americana de Física, que questionou sua viabilidade.
Mas, apesar de todas as críticas, que incluiu o alto custo econômico e as dúvidas sobre sua viabilidade real, a idéia de um escudo antimísseis continuou a ser exploradas e desenvolvidas por sucessivos governos nos Estados Unidos. Em seu Estado da União, em 1991, em um cenário que tem sido esperado desde a dissolução da União Soviética, o presidente George HW Bush voltou com algumas inovações.
É neste contexto que apareceu de protecção global contra greves limitadas (GPALS), o que significou uma mudança no projeto do escudo antimísseis, para defender um sistema que não protege todo o território dos Estados Unidos, que foi proibida pela o Tratado ABM, mas por um sistema limitado de defesa para um teatro particular e também um número limitado de interceptores. Considerou-se que o desmembrado União Soviética, nenhum estado teria em seus arsenais um grande número de armas nucleares, capazes de um ataque maciço em solo dos EUA, de modo que o número de mísseis para interceptar, eventualmente, talvez agora vindo do United Estados Unidos qualificou como “renegados”, seria muito menor.
Em 1993, durante a administração do presidente Bill Clinton, os Estados Unidos continuaram a luta para o escudo antimísseis. A Organização para a Iniciativa de Defesa Estratégica (SDIO), que foi criada em 1984, sob a administração de Ronald Reagan, foi transformada em Organização de Defesa de Mísseis Balísticos (BMDO), em linha com a nova visão do ex-presidente Bush , focada em uma mais limitada, e não necessariamente projetados para proteger todo o território dos Estados Unidos uma vez.
Em janeiro de 1999, o Congresso dos EUA aprovou a Lei de Defesa Nacional de Mísseis (National Missile Defense Act) , na segunda seção da qual se afirma claramente na política de defesa de mísseis: “A política dos Estados Unidos Estados é implantar logo tecnologicamente viável, uma Missile Defense National eficaz, capaz de defender o território dos Estados Unidos contra ataques de mísseis balísticos limitada (se acidental, não autorizado, ou deliberada) ”
Essa lei se tornou um instrumento formidável para setores do Congresso dos EUA chamado para acelerar o trabalho levou à criação de um escudo antimísseis. Desde a sua aprovação, a lei foi usada em muitas ocasiões, como um sinal de interesse “bipartidário” no assunto, com o objetivo de promover o apoio para ele.
A Lei de Defesa Nacional de Mísseis de 1999 foi um passo claro e decisivo para a saída de os EUA do Tratado ABM. Além disso, como foi observado por um pesquisador destas questões , os Estados Unidos correram para implantar suas defesas contra a ameaça de ataques de mísseis balísticos intercontinentais pela Unidos “renegados”, mesmo antes que a ameaça se concretizar e antes de os sistemas foram testados. Essas ações, como vimos, custou à custa Estados Unidos considerável e perda de outras oportunidades.
O presidente George W. Bush, que apesar de ter recebido menos votos populares que seu adversário democrata, foi eleito presidente dos Estados Unidos, em 2000, graças aos truques da máfia terrorista de origem cubana que vive no sul da Flórida, continuou a rapidamente em direção ao escudo antimísseis, mesmo com uma participação mais activa dos seus aliados da NATO. Foi no início de seu governo de que os Estados Unidos abandonaram o tratado ABM, que deixou o país com uma mão livre para realizar as idéias que estavam sendo projetados há muito tempo e sistemas de mísseis para testar tanto a solo, como definido com outros parceiros
Assim, os esforços para o desenvolvimento de uma defesa antimísseis dos Estados Unidos, incluindo a investigação e testes de seus componentes estavam sempre presentes durante todo o período do pós-guerra e não parou após a dissolução da União Soviética o desaparecimento do Pacto de Varsóvia.
No período do presidente George W. Bush, os Estados Unidos foi particularmente agressivo sobre esta questão, pois só comparáveis com o período quando Ronald Reagan era presidente. O propósito declarado, agora como então, foi para interceptar mísseis inimigos antes que eles atingiram seu objetivo. Não importa que em dez anos não havia União Soviética ou o Pacto de Varsóvia, nem para ser considerado completo e da Guerra Fria, ou que a justificação alegada foi colocado em questão não foram convincentes. O importante era manter a superioridade militar EUA eo mundo unipolar que tinha chegado na confluência das duas últimas décadas do século XX, não importa o custo.
Essa é a essência da renúncia do tratado ABM os EUA assinaram há trinta anos atrás, o que impediu o desenvolvimento de um programa desse tipo, porque não só regulada a sua implantação, mas as partes se comprometeu a não criar, implantar e testá-los. Com a denúncia do tratado em 2002, os Estados Unidos fora do caminho um obstáculo formidável para o seu armamento planos, e para os anos cinco de 2004 a 2009, o Pentágono já forneceu 59.000 milhões de dólares no orçamento para essa finalidade.
Com o estabelecimento de um sistema de defesa antimísseis que os Estados Unidos procuram, de fato, é manter a superioridade militar absoluta, em linha com os princípios do Planejamento da Defesa Guia relatório, escrito após a dissolução da União Soviética, no que defendia mundial domínio militar, aumentando a superioridade americana. Ele conta com os enormes recursos financeiros e materiais em si mesmos e seus aliados, e da capacidade científica e técnica desenvolvida pelo Complexo Industrial Militar desde o início da corrida armamentista.
Independentemente das desculpas para ser empregadas, o real objetivo do “escudo antimísseis” é imposta a países que possam ser capazes de quebrar a atual ordem unipolar, nomeadamente a Rússia ea China, adereços chave na Organização de Cooperação de Xangai, representa um desafio formidável para a ordem internacional unipolar.
Eles são os desejos de dominação e hegemonia, juntamente com os interesses económicos e financeiros das corporações poderosas, que são o próprio fundamento de desenvolvimento e sofisticação de armas, incluindo sistema de defesa antimísseis, que é um forte estímulo para uma nova espiral na corrida armamentista. Na atual ordem mundial unipolar, o escudo antimísseis, precisamente porque ele é projetado para interceptar e destruir mísseis em voo de um inimigo em potencial, os ganhos de relevância como arma de ataque do primeiro nuclear, como os Estados Unidos pode se sentir impune, como nunca antes, a realizar um ataque contra outro país.
Rússia e China rejeitaram, em mais de uma ocasião, os planos para desenvolver e expandir para várias regiões do mundo, o escudo antimísseis, os perigos que ela representa para a paz e segurança internacional, mas os Estados Unidos e seus aliados estão dispostos ir em frente com esta aberração. Daí a ênfase no desenvolvimento do escudo antimísseis poderia arrastar o mundo para uma nova espiral da corrida armamentista, com todas as suas consequências negativas em diversas áreas.
Precisamente por isso que cada vez mais países, apesar de enfrentar dificuldades econômicas, não parecem dispostos a aceitar a hegemonia americana por muito mais tempo. Estes países começam a agir na cena internacional com mais determinação e independência, e levantando a voz para se opor fortemente militaristas planos norte-americanos.
Também contra os países e as posições detidas na arena internacional, embora muitos deles não possuem a capacidade de produzir armas nucleares, alvos de defesa antimísseis. Isto é, no fundo, um esforço para manter a atual ordem unipolar, eles começam a coalhar as condições para a mudança.
Por isso, o Departamento de Defesa orçamento aprovado EUA em 2012 alcançar um escalonamento 662.000 milhões de dólares, ou quase a metade dos orçamentos totais militares de todos os países do mundo. Opor opor escudo antimísseis é, portanto, a corrida armamentista, a manutenção atual ordem unipolar, e aumentou os perigos da guerra quebrando-se que, pela sua natureza ou extensão, pode se tornar nuclear.”
Creio que não preciso me aprofundar mais, esta é uma das razões que me levam a olhar o Sr. Gorbachev de esguelha.
A pergunta que fica é será que o mesmo fez o tal cordo por extrema inocência, ignorância ou má fé ?
Na época que o Sr. Reagan ao mesmo tempo que conversava sobre desartmamanto com o Sr. Gorbachev a famigerada “Guerra nas estrelas” era lançada e agora ao contrário de termos um mundo com um certo equilíbrio de forças, temos um mundo unipolar.
Que o Sr. Gorbachev fizesse a Perestróika tudo bem mas que fosse gradual, equilibrada.
O império agora através de vários atos após a segunda guerra mundial simplesmente colocou as manguinhas de fora e estamos vivendo hoje a pior crise de todos os tempos ???
O que o Sr.me diz disso ?